São meia noite e trinta e cinco, estou sozinha no meu quarto o que não é muito comum, coloquei na minha playlist de músicas tristes pra poder aproveitar o momento sozinha e colocar tudo que preciso pra fora. De certa forma pode parecer dramático ou melancólico, mas é um momento de alívio, escrevo isso em lágrimas, mistura de lágrimas, lágrimas de amor, tristeza, raiva, felicidade, lágrimas de alívio.
Essa semana eu venho guardado muita coisa dentro de mim, muitos sentimentos e acontecimentos, guardado coisas que eu deveria ter dito e não disse, guardado sonhos e vontades, tenho guardado coisas que eu sempre compartilho com as pessoas mais próximas de mim, como por exemplo a minha paixão pelo Simon (personagem de um livro que li recentemente) um personagem gay.
Sinto como se meu peito estivesse sendo apertado com tanta força que fico sem ar, não sei o que fazer, é mais forte do que o normal, sinto que estou presa numa cela em que eu mesma criei.
É bizarro como tudo acontece do nada, meu desespero é que diferente das outras vezes que me senti assim, eu encontrava forças em algo, mas agora parece que nada mais me motiva a continuar.
Agora são meia noite e quarenta e três, estou ouvindo Kodaline (All i want), perdida na bagunça do meu quarto, perdida num mundo meu, sozinha e estranhamente assustada.
- cora
