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- Então, você é o meu novo médico?

- S-sim! Eu trouxe seu café.

Levei a bandeja até ele e deixei em cima de suas pernas, logo depois soltei seus pulsos, é eu tenho a chave das algemas, e prendi seus pés.

Ele começou a comer calmamente.

- Como é seu nome, "doutor"? - Falou em um tom irônico.

-O que?

- Seu nome, como é?

- Ah, meu nome é Jimin, Park Jimin!

- Jimin.

Ter meu nome pronunciado por ele é um pouco estranho. Certo que várias pessoas falam meu nome, mas ele falar. Meu nome ser pronunciado por uma voz tensa, calma e irônica igual a essa nunca foi. Ele fala meu nome de uma forma irônica e sarcástica, como se estivesse brincando com ele.

Olhei para a única coisa que ocupava aquele lugar, além da cama e as algemas. Uma mesinha onde se acomodava um livro qualquer, que eu nem me dei ao trabalho de ler o título, e uma luminária, que parecia que a muito tempo não era usada.

Escutei o barulho de algo cair, me virei e vi a bandeja caída no chão e cada parte dela para cada lado. Me aproximei e comecei a juntar os pedaços que estavam pelo chão escuro daquele quarto cinzento. Juntei tudo e coloquei na mesinha.

- Você fez isso sem reclama, parece um cãozinho, que apanha o osso mesmo sem o dono mandar.

Fiquei calado sobre aquele comentário desnecessário, eu poderia ser tudo menos um cãozinho obediente, uma coisa que aprendi foi: Nunca, em momento algum, fazer o que os outros mandam. Você acaba se fudendo no final.

- Que foi perdeu a língua, doutor? - Falou provocador, passando a língua pelos lábios.

- Não, não perdi, apenas decidi não responder coisas inúteis.

Ele olhou para mim com olhar de reprovação, aquele olhar me deu um frio na espinha e eu soube que nunca deve dá uma resposta a uma pessoa, que está na situação em que, Jeon Jungkook, está.

Meu estômago se contraiu e eu vi ele levantar calmamente da cama e sentar na pontinha da mesma.

- Desafiador. Acho que vamos nos divertir aqui por um longo tempo.

Soltou um sorriso irônico.

- Vamos jogar um jogo, doutor?

- Que tipo de jogo? - Perguntei meio nervoso, não se sabe que tipo de jogos se passa na cabeça de uma pessoa com distúrbio.

- Sabe jogar xadrez?

- Sei!

- então, pega o que tá dentro daquela gaveta ali.

Me aproximei da gaveta, a abri e peguei o jogo. Puxei a mesinha para ficar entre nós e sentei na cadeira. Arrumamos cada peça em seu devido lugar no tabuleiro.

Começamos a jogar em silêncio. Um silêncio perturbador, até, Jeon, resolver quebrar o silêncio.

- Eu acho que a vida é um tabuleiro e nós somos apenas as peças que a compõem.

- Por quê?

- Por que se você parar para pensar, andamos de acordo como outros querem.

- Digamos assim, somos altamente manipulados e controlados?

- Exato, qual sentido de ficar fazendo o mesmo percurso todos os dias, a cada dia e a cada minuto?

- Não precisamos fazer isso repetidamente, podemos mudar um pouco os abitos, é só questão de querer, ou podemos apenas acabar com o controle das pessoas sobre nós.

- Como você faria isso? - Perguntou um pouco confuso com tudo, até eu não estava entendo o que estava dizendo.

- Se não tem uma forma de acabar com isso vivo, acabe com isso morto. - Senti seu olhar pesado sobre mim. - O que foi?

- Você é depressivo!

- Já escutei coisas piores. - Soltei um sorriso irônico.

Voltamos a jogar e os pensamentos começaram a vir. Logo depois um grito me assustou.

- CHECK MATE - Jeon gritou alto e eu me virei pro jogo, é realmente ele havia vencido.

- O jogo acabou, então eu vou almoçar e depois trago o seu, ok?

- Ok.

Sai do quarto e fui para a cafeteiria, peguei meu almoço e fui para uma mesa qualquer. Um tempo depois alguém veio na minha direção.

- Oi.

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Espero que tenham gostado do capítulo.

Comentem e votem, se tiver algo errado pfv falem para mim melhorar.

Bjs 💋 até o próximo.

O suicida e o psicopata {+18} Onde histórias criam vida. Descubra agora