Minhas noites são assim
Já nem sei o que é dormir
Pois sempre que fecho os olhos
Os pesadelos tratam de os abrir...
Neles vejo aquele infiel
Comendo minha melhor amiga
E o sangue da perda do meu filho
Escorrendo pelas pernas e com ele
Levando toda a alegria de vida...
Lembro como se fosse hoje
A alegria que trazia no coração
Vir dar a notícia ao meu amado
Do fruto da nossa união...
Mas ao chegar estranhei
Os olhares que me lançavam
E ao abrir a porta do escritório
Comprovei a razão do porquê me olhavam...
Perdi meu filho nesse dia
Mas eles também perderam
Pois ela esquartejei seu útero
E ele as cobras seu pau comeram...
Começou aí o meu amor
A minha sede por ver sangue a escorrer
O amor por matar à facada
E olhar bem em seus olhos
Quando eles estão a morrer.