Parte I A carta.

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Você é do tipo que se aventura quando o assunto é sexo? Gosta de dar prazer para merecer? Qual o seu limite sobre sexo?

Três perguntas simples e diretas, essas foram as perguntas que chegaram até mim no meu escritório em uma carta vermelha escura. Quando terminei de ler achei que fosse uma pegadinha das minhas amigas, só elas sabiam sobre meu desejo estranho em me aventurar com algum desconhecido, mas quando deu exatamente 16 horas e o rapaz que me entregou a carta voltou para pegá-la com a resposta, soube que não era uma pegadinha. Alguém tinha me enviado as perguntas e queria uma resposta.

Vamos voltar ao começo do ano, antes de eu receber a carta vermelha com as três perguntas que me deixaram sem reação.

Me chamo Emily Johnny e sou uma arquiteta, abri um estúdio a alguns anos em sociedade com minhas duas melhores amigas Kaylee Reed e Shelby Moore, fiz projetos que deixaram meu nome conhecido no ramo. Atualmente terminei o projeto de um cliente meu misterioso e exigente. Tudo o que ele me disse no começo foi:

— Faça algo que me surpreenda, o espaço do clube que você vai desenhar é destinado a adultos, tem que ter privacidade, mas não muito, os clientes terão que se sentir confortáveis e livres para explorarem as acomodações.

Tudo isso através de um celular que havia sido entregue a mim por seu secretário, sim o homem era maluco, eu até pensei em recusar o trabalho, mas o dinheiro que ele estava oferecendo era alto demais para dizer não, aceitei o trabalho imaginando que uma hora ele viria me encontrar pessoalmente para que pudéssemos conversar sobre as ideias que eu estava tendo, mas isso nunca aconteceu, nossas conversas sempre ocorreram por celular, com o secretário dele sempre na minha frente nos ouvindo. A condição do cliente era simples, eu fazia o trabalho, seguia algumas instruções dele e não perguntava quem ele era.

Quando contei para Kaylee e Shelby sobre o cliente estranho elas claramente disseram para que eu recusasse, ele me deu uma semana para me decidir e no final acabei aceitando. O prazo de entrega era a metade de um ano, esse tempo tinha passado e já fazia um mês que eu havia terminado e entregue, por algum motivo meu cliente estranho não quis receber a planta do projeto depois de finalizado. Eu mal conseguia contar os minutos para pegar um novo projeto de preferencia grande.

Voltando agora para o momento atual, eu tenho uma carta vermelha em cima da minha mesa junto com as três perguntas escritas em um papel esperando a minha resposta e um rapaz da correspondência parado na minha frente aguardando eu entregar de volta a carta.

— Moça, você precisa de mais tempo? Eu tenho outras coisas para entregar, o homem que pediu para que eu entregasse a carta para você disse que vai me dar uma grana se você entregar com a resposta.

Meus olhos estão na carta sobre a minha mesa, como foi entregue de manhã achei que fosse uma pegadinha das meninas, comentei com elas sobre a carta e as duas negaram estarem envolvidas na brincadeira, depois do almoço passei o dia tentando esquecer as perguntas e foquei na planta do projeto do cliente estranho, tinha pego outros projetos para desenha, mas não tinha deixado de lado o desenho da planta do clube do meu cliente estranho, analisei e pensei em cada parte caso ele precisasse de uma explicação detalhada do que eu tinha feito. Quando terminei fui avisada da visita do rapaz da correspondência pela minha secretária e aqui estamos nós.

— Um homem? Você disse um homem, você o conhece? — pergunto curiosa ainda hesitante em responder as perguntas no papel.

— Não, ele simplesmente me mandou entregar a carta.

Eu volto a olha as perguntas quando o telefone sobre a minha mesa toca, peço desculpas ao rapaz e atendo, minha secretária avisa da visita de um cliente importante, então quando olho através da persiana na minha sala noto o secretário do meu cliente estranho. Ok, ele era pontual, tinha recebido a visita do secretário dele dois dias antes combinando esse encontro e hoje eu achava que finalmente fosse entregar a planta do clube já que o clube havia sido entregue um mês atrás e ele não havia recebido, mas pelo visto meu cliente estranho não estaria presente como desde o início do projeto.

Eu coloco o telefone de volta na mesa depois de pedir que minha secretária avise para o cliente entrar após o rapaz da correspondência sair. Pego a carta com as perguntas e as respondo com pressa. Não sei quem as mandou, mas se quer tanto saber as respostas a ponto de prometer pagar dinheiro ao entregador então vou arriscar. Quando termino de escrever releio e digo a mim mesma que as perguntas são até inocentes.

Entrego a carta e o rapaz sorri agradecido. Ele parecia cansado de esperar, quando ele abre a porta e vai embora o secretário do meu cliente estranho entra já com o celular em mãos e já vai logo me entregando sem dizer qualquer coisa.

— Sr. C — digo o nome do cliente estranho, foi como ele pediu para ser chamado, embora eu só o chame de "meu cliente estranho. "

— Srta. Johnny, imagino que tenha a planta do meu clube — responde com sua voz grave, o tom ainda me causa arrepios não do tipo ruim, mas do tipo que me faz imaginá-lo um homem forte e sexy, do porte do ator Henry Cavill.

Foi assim da primeira vez que nos falamos e ainda assim me sinto como da primeira vez, não sei quem ele é, mas desenvolvi um desejo secreto com ele.

— Sim. Está comigo, pensei que viria buscá-la pessoalmente.

— Está querendo saber quem eu sou Srta. Johnny? — pergunta em tom provocativo.

— Nunca disse isso, vou entregar ao seu secretário a planta do clube, a inauguração é hoje certo? Por isso a pressa para ser entregue a planta.

— Sim e você está convidada para ir, aproveite para entregar a mim pessoalmente a planta do clube, os serviços do Scott estão acabados, ele me devia algo por isso topou se encontrar com você em meu lugar todas as vezes que tive que falar com você. — Olho para o homem na minha frente, por isso todas as vezes o tal Scott tinha a cara de quem chupou limão e não gostou, eu o tratei o tempo todo como secretário do Sr. C, mas a verdade era que ele era só um amigo pagando um favor. Me pergunto que favor o tal Scott estaria pagando.

Para falar a verdade eu nem sabia que o nome dele era Scott, o homem nunca se apresentou, só aparecia de mau humor e me entregava o celular para falar com o Sr. C. Uma parte da resposta do homem do outro lado da linha mexe com o meu corpo mesmo eu não querendo corresponder. Estou convidada para a inauguração do clube e vamos finalmente nos encontrar pessoalmente.

— Por que ele não leva para você? — pergunto agora ficando de costas para o tal Scott enquanto olho pela janela da minha sala.

— Porque eu gostaria de conhecer pessoalmente a mulher que respondeu às três perguntas que mandei mais cedo para serem entregues a ela.

Sinto o ar sumir do meu corpo e meus mamilos endurecem ao ponto de me fazerem morder os lábios. Ele, ele tinha mandado as malditas perguntas e agora queria me conhecer, por que agora? Por que depois de tanto tempo apenas ouvindo a voz um do outro? Eu não tinha a resposta e só a teria se fosse à inauguração do clube que eu havia projetado para ele.

— Ok. Eu irei à inauguração, mas tem uma condição.

— Qual?

— Levo acompanhante.

— Ok Srta. Johnny, suas amigas podem vir, até mais tarde — responde e em seguida desliga o celular, eu devolvo o aparelho para Scott que tem uma expressão de tédio.

— Pensei que vocês nunca fossem parar de conversar — diz ele guardando o celular no bolso.

— Eu sinto muito se demorei.

Ele assenti e sai da sala, eu me deixo cair sentada na minha cadeira e giro na direção da janela. O que será que o Sr. C tem planejado para o nosso tal encontro? Eu planejei uma parte do clube com quartos escuros, não sei para o que eles serão usados, mas espero que não seja para nada ilegal. As perguntas não eram pegadinhas e o autor delas é o meu cliente estranho, no fundo eu sabia que só podiam ser dele aquelas perguntas diretas e atrevidas.






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