#5 - Remember the name

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Quem eu sou?

Seus olhos abriram, mas não enxergou nada. Sua visão estava turva, desfocada. suas lindas safiras encararam o céu chuvoso, sentindo as gotas de água banhando todo seu corpo.

Quem eu sou?

- O-oque...? Como...?

Confuso, o jovem rapaz tentou se levantar, mas a forte dor de cabeça o fez desistir da ideia.

Quem eu sou?

- Aarg... Merda. Dói pra caralho.

Ainda deitado, ele respirava pesadamente. Parecia ter esquecido como fazia tal ato.

Quem eu sou?

- Onde... Onde eu tô?

Se levantando ele olhou ao redor, o rapaz pode ver o caos que o cenário atrás de si era. Corpos mutilados no chão, órgãos espalhados por toda parte, carros e casas destruídas e a chuva levava embora todo o sangue das ruas. Porra, o que estava acontecendo?

Quem eu sou?

- Mas oque...?

Outra vez uma forte dor de cabeça, o fazendo ficar de joelhos. Junto a dor, pequenos fragmentos de memória vieram junto.

- Vamos logo, não quero me atrasar...

- Calma, eu já tô indo!.

Quem eu sou?

- AAAARRG!

Sua cabeça latejava, parecia que a qualquer momento ia explodir. Seu corpo começou a suar e tremer, outra memória estava vindo.

- Você viu aquilo?! Eu disse para vocês, as pessoas estão comendo umas às outras, porra!

- Se acalma, falou? Não é hora de esteria. Algo de muito errado tá acontecendo.

Quem eu sou?

- O-oque Arf... Quem... Arf... são essas pessoas...? Eu não as conheço.

Um cesto de lixo caiu, chamando a atenção do pobre rapaz, que ainda desnorteado tentava se por de pé.

- Quem é você?

O garoto dirigiu a palavra a pessoa que derrubou o cesto de lixo, chamando a atenção dele ainda mais para si.

- Ei, não vai me responder?! Falei com você!

Em resposta, tudo que recebeu foram gemidos estranhos. Chegando mais próximo, ele logo sentiu o cheiro de podridão vindo do ser a sua frente. Porra, ele fedia.

- Cara, acho melhor você tomar um banho...

O rosto dele estava caindo aos pedaços, faltava um olho e seu coro cabeludo estava em carne viva (ou podre, se preferir).

- Puta merda, você precisa de um médico.

O ser se jogou um cima do rapaz, tentando o morder. Os dois cairam no chão, com o jovem tentando a todo custo se livrar do ataque do outro.

- Qual é, cara? Vai me dizer que ficou magoado comigo? Eu tava brincando, você não fede tanto assim!

Usando suas pernas, ele jogou o outro para frente. Se livrando dele, pelo menos por enquanto. Já de pé, ele procurou uma arma. Tudo que achou foi um pedaço de madeira, era o suficiente.

- Eu tô armado, hein? É melhor você parar. Tô avisando!

- Aaarrg... Aaarrg...

Baba saia da boca do zumbi, que se arrastava para cima do rapaz.

- Porra, eu avisei.

Uma única madeirada nele foi suficiente para lhe arrancar a cabeça, que caiu metros a frente.

- Puta merda... Não sabia que era tão forte assim!

A dor veio outra vez, lhe derrubando de imediato.

- Nós temos que sair daqui o quanto antes, não é mais seguro.

- O Ben tem razão, devemos ir embora.

- Mas Lucca, tudo que construimos aqui vai ser deixado para trás?!

- É nescessário, Bia. Nós vamos embora. Aqueles malditos tem armas, eles podem nos matar a hora que quiser, fugir é a melhor opção...

- Amanhã mesmo a gente vai embora, fiquem preparados.

Quem eu sou?

Fucking hellOnde histórias criam vida. Descubra agora