Take Care | Jerrie

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Perrie sabia que Jade tinha tudo sob controle. No fundo de sua mente, uma razão gritava a todos pulmões que tudo aquilo havia sido meticulosamente planejado na mente maligna da empresária. Tinha que ter uma forma para que ela pudesse controlar a situação, e ela o fez com destreza.

A troca da cerveja por algo mais forte - algo que Jade já havia provado e testado seus próprios limites - foi intencional para que apenas uma das mulheres perdesse o controle de seus sentidos naquela noite.

Perrie sabia que era ela quem estava fora de si.

Apesar do desejo eminente que percorria seu corpo, a garota teve de se controlar ao máximo para não agir com a indelicadeza que estava acostumada a usar em situações como aquela, principalmente quando viu a expressão entregue de Jade deitada sob seu corpo no tapete grosso da sala estar.

Aquela era a expressão de desejo que Perrie costumava imaginar quando se afundava em suas fantasias.

A mente de Perrie era um turbilhão incontrolável de pensamentos e sensações, como se todas as imagens e sons que ela tivesse visto e ouvido durante a vida tivessem se juntado naquele momento, um emaranhado de cores e sabores, onde a única coisa capaz de ser identificada era o corpo de Jade Thirlwall sob o seu.

Perrie apertou firme os olhos afim de livrar toda e qualquer imagem de sua cabeça, conforme as mãos de Jade afastavam o anjo e o diabo que pairavam em seus ombros discutindo qual era a atitude final que a garota deveria tomar.

As mãos macias e delicadas percorriam a pele clara de Perrie sob a camiseta, causando-lhe um arrepio que lhe tirou o pouco concentração que ela havia coletado até então. Os dedos finos e delicados correram sorrateiramente para o cós da calça jeans azul de Perrie, abrindo os botões sem pudor algum, os lábios jamais se separando.

A garota loira se ajoelhou separando seus corpos apenas tempo suficiente para arrancar suas calças e as botas, os olhos famintos de Jade percorrendo seu corpo.

Perrie tocou o cós da saia lápis que Jade usava, demorando o movimento de tirá-la, mentalizando quantas vezes havia sonhado com aquele momento naquela noite.

Em questão de segundos, o tapete estava abarrotado de roupas incômodas, quebrando a extensão das peças para apreciar os corpos femininos encaixados como um só novamente.

Jade levou as mãos ao pescoço da garota apenas para puxa-la em um beijo. O alerta vermelho que piscava em sua cabeça se atenuava conforme Perrie retribuía o beijo de maneira lenta, sensual.

O desejo não era urgente, mas ainda era presente, sentido em ambas as partes.

Perrie soltou o peso de seu corpo sob o da morena que não pareceu se importar, pelo contrário, Jade suspirou com tamanha proximidade. A garota passou os dedos levemente pela cintura de Jade, pousando-os ali conforme seus lábios se abriam e aprofundavam o beijo na empresária em chamas sob suas mãos.

Perrie fugiu do aperto da empresária com destreza, pousando uma das mãos em um local específico, pulsando uma umidade que Jade não tentava mais esconder. A garota deslizava os dedos lentamente sobre a renda fina entre as pernas da mulher, que se abriram num convite irrecusável.

Perrie deixou um beijo suave em seus lábios antes de se afastar e retirar o tecido preto com lentidão. A expressão erótica no rosto de Jade tornava tudo ainda mais desconcentrante, e o ronronar que farfalhava em seus lábios fazia Perrie querer tirá-la do chão e pagar por todos seus atos.

'Seja razoável, Edwards' ela repetiu em sua cabeça a frase que Jade lhe dizia todos os dias, sorrindo de maneira diabólica ao avaliar que agora a mulher estava nua a mercê de seus comandos.