real love [k.mbappé] [em pausa]

one: aquele em que Joana cai na Rússia.

"Donatela Tavares é uma pessoa peculiar, um pouco instável e intensa e talvez muito agitada."

Essa é uma frase que eu ouço com extrema frequência. Em todos os lugares que eu já estudei na minha vida era sempre essa definição que eu ouvia. Esses quatro adjetivos parecem me descrever a tanto tempo que se tornaram uma marca registrada. Por isso, quando eu e minhas duas melhores amigas estávamos dando vários vexames na Rússia, eu estava ok com isso. Faz parte da minha personalidade, afinal.

–Migas -Julia começou e eu sabia que não viria nada que prestasse.

–Lá vem merda -comentei. Eu conheço essas pivetes a tempo o suficiente pra saber que elas não fazem nada que presta. E curiosamente, eu era sempre a primeira a apoiar as loucuras que elas sugeriam.

–Eu não estou gostando desse seu tom de julgamento. -Julia reclamou.

–Deve ser porque você só sugere bosta. -Maria comentou.

–Af, não falo mais nada também.

–A gente te ama, mesmo você sendo muito burra. -respondi.

Continuamos nessa discussão que não iria a lugar nenhum mesmo sabendo que menos de 5 minutos depois estaríamos embarcando nas ideias viajadas de Julia.

Eu e as meninas estávamos pulando na Rússia quando eu, mais conhecida como o desastre em forma de ser humano, levei um lindo tombo. E as quengas que eu amo de amigas estavam quase se mijando de rir; não que eu estivesse diferente: inclusive era exatamente por isso que eu não conseguia levantar do chão.

–Você está se bem? Se machucou? -eu ouvi uma voz masculina e muito familiar perto de mim. Aquele sorrisinho safado. Aquelas bochechas fofas.

Sim. Gabriel Jesus estava preocupado comigo.

–Ah, está tudo bem. Quer dizer, melhor agora com você aqui. Aí droga, não era pra parecer uma cantada, mas se você quiser eu quero. Aí meu Deus, porque eu não paro de falar merda? Aí meu Deus, eu falando de você que é Jesus, com Deus e palavrão na mesma frase? Aí socorro vou pro inferno.

Eu tinha um péssimo defeito de não calar a boca quando estava nervosa. E nisso eu ligava várias besteiras umas nas outras e só piorava minha situação. Gabriel tentava não rir de mim, mas a risada de Coutinho e Neymar era contagiante. Depois de todas as vergonhas passadas, ele me ajudou a levantar e eu ficava a cada minuto mais encantada.

Se amor a primeira vista não existir, eu poderia provar que a partir de hoje existia.

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A cada minuto que eu passava com o Gabriel eu tinha mais certeza que ele era o homem, o amor da minha vida. Vocês podem pensar: o que uma menina de 18 anos sabe sobre um amor pra vida inteira?

Ou também: como um cara que ela conheceu pessoalmente a menos de uma hora pode ser o amor da vida dela?

Eu não sei ao certo como responder a essas perguntas, visto que minha experiência em amor não é das mais complexas; mas eu apenas sentia que o Gabriel era o cara certo pra mim. A cada segundo eu parecia ficar mais encantada e apaixonada por ele.

–Meninas, o que acham de irem ao hotel que nós estamos e conhecer a seleção? -Jesus perguntou

–Nossa eu iria adorar conhecer o Alisson. Aquele homão com aquelas mãos enormes. -Maria comentou e eu quis esconder de vergonha.

–Meu Deus Maria, as vezes você parece cachorro no cio. -Julia e eu falamos ao mesmo tempo e rimos juntas.

–As bonitas já estão agarradas com os boys que amam e vêm falar que eu sou a cachorra? Ah, vai pendurar no pescoço da égua. -Maria reclamou e eu caí sentada no chão de tanto rir.

–Nossa você cai tanto que até parece o Neymar. -Philippe comentou e eu quase me mijei de rir de novo. Todo mundo estava rindo horrores e o Neymar estava se forçando a fazer cada de sério e cara de que estava puto mas foi em vão: aparentemente, ninguém no mundo resiste a minha risada.

Gabriel mais uma vez me ajudou a levantar e eu agarrei em seu braço, com o objetivo de nunca mais soltar. Ele me olhou e beijou minha testa e minha mão. Oh, acho que algo se derreteu aqui dentro de mim.

★★★★★

Quando chegamos ao Four Seasons Hotel Moscow –vulgo um dos hotéis mais caros da Rússia, com uma diária que beira o absurdo– eu descobri que agora não havia mais aquele esquema de separação de seleções. Como algumas seleções –a citar, a brasileira, a francesa, a colombiana e a argentina, por exemplo– ainda estavam em solo russo, decidiram juntar todas em um super hotel como uma maneira de encerrar a copa. Sabemos que é tudo uma estratégia, uma tentativa, com o intuito de acabar com a imagem de uma Rússia racista, machista, homofóbica e até xenofóbica; algo que eu acho um pouco de difícil.

Entramos no andar da seleção e não tinha como não saber que era o Brasil que estava lá. Seja pelas bandeiras ou pelo pagode, qualquer pessoa que tivesses pelo menos dois neurônios na cabeça saberia que se tratava da seleção canarinho.

–Me ajude a segurar essa barra que é gostar de você. Didididiê -Maria começou a cantar indo em direção a Alisson, que já se encontrava corado.

–Imagina que casal doido, Maria toda safada e doida desse jeito e Alisson todo vergonhoso e lerdo. -Coutinho comentou e nós rimos. É, aquele era um casal pra se observar.

E naquele momento eu percebi que não havia nenhum outro lugar no mundo que eu gostaria de estar. Eu estava ali com minhas melhores amigas desde sempre, com meus novos amigos, com a seleção e com meu amor. Eu não mudaria absolutamente nada.

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gente, eai??? estão gostando???? eu fico muito feliz que vcs votem, comentem e sobretudo leiam, porque estou mt feliz escrevendo ela!!! por favor me digam oq estão achando!!! amo vocês!!! beijos!!

ahhhhhh, fiz uma nova capa, oq acharam?

qual está mais bonita, essa ou a atual? (estou tão apaixonada por essa capa, sem palavras!!)

amo vocês!!!