Assim que saiu da loja, olhou novamente para o número que o jogador havia colocado e sorriu. Era o número de seu empresário, que colocaria Lucas para entrar em campo.
Não acreditava que o sonho do filho de conhecer o jogador iria se realizar e ele ainda entraria no campo.
Os olhinhos de Lucas sempre brilhavam quando via as outras crianças entrando com os jogadores e agora seria a vez dele, Manu não podia estar mais feliz.
Saiu do shopping onde trabalhava com um pouco de pressa, pois estava um pouco atrasada para buscar Lucas na escola. Foi até a escola do filho, sendo recebida pela moça que trabalhava na portaria.
- Boa noite, Franciele.
- Boa noite, Manuela – sorriu para a mulher. – Lucas está brincando no parquinho, se quiser pode ir lá.
- Vou sim, obrigada.Foi até o parquinho, onde viu seu menino brincando com um coleguinha. Lucas estava se divertindo tanto que demorou um pouco pra ver a mãe, mas assim que viu, abriu um sorriso.
- MAMÃE – desceu o escorrega e foi direto para os braços de Manu.
- Minha coisa mínima – pegou Lucas no colo – como foi a aula hoje?
- Foi muito legal, nós fizemos muitas coisas.
- É mesmo, Lucas? E o que você mais gostou?
- Gostei... – ficou um tempo pensando – tinta mamãe, nós brincamos com tintas.
- Você ama tintas, não é? – passou a mão nos cabelos do filho.
- Eu amo, é muito legal. – Disse e voltou o olhar para os coleguinhas que estavam brincando.
- Vamos pra casa, pequeno?
- Não posso ficar mais um pouco? – fez biquinho.
- Poxa, tem certeza que quer ficar? – imitou o bico do filho, que riu – Tinha uma surpresa pra você.
- SURPRESA? – Lucas abriu um sorriso.
- Uma surpresa que eu tenho certeza que você vai amar.
- ENTÃO VAMOS – fez força pra sair do colo da mãe e saiu correndo.
- Lucas, volta aqui, da a mão pra mamãe – o menino obedeceu e esperou a mãe.
- Vem logo mamãe, vamos para casa – pegou a mão de Manu e começou a puxar para fora da escola. – Tchau tia Fran.
- Tchau, Lucas – riu da animação que o menino estava – Boa sorte, Manu.Franciele conhecia exatamente o pequeno Lucas, sabia que quando ele estava animado para alguma coisa, ele não parava de falar e pular nem por um segundo. Mas isso era bom, mostrava como o pequeno era um menino completamente feliz e como Manuela era uma boa mãe.
Manu e o Lucas foram andando até o apartamento, que era mais ou menos 3 quadras de distância da escolinha de Lucas. Um pouco cansativo, mas já estavam acostumados a fazer esse caminho sempre, então nem ligavam mais. Lucas até começou a gostar de andar tudo aquilo, até porque, sempre ganhava um lanchinho pelo caminho. Como Manu não resistia à aqueles olhinhos do filho, ele sempre convencia a mãe a parar em uma lanchonete. Já eram até conhecidos na lanchonete de tanto que iam. Todos lá adoram Lucas e Manu, acham Lucas a criança mais doce desse mundo.
- Mamãe - tomou um gole do seu suco - Sei qual é a surpresa!
- Sabe, meu amor? - perguntou divertida, pegando um guardanapo e limpando a boca do filho que estava suja do sanduíche que havia acabado de comer.
- Sei - deu uma risada sapeca, fazendo a mãe rir.
- E o que é?
- Vamos sentar perto do campo de novo, né?
- Hm... - fingiu pensar.
- Fala mamãe.
- Quase isso.
- Quase? - fez uma carinha confusa.
- Vai querer saber agora ou quer esperar chegar em casa?
- Agora mamãe, por favor.Manuela fez sinal pro garçom para pedir a conta e depois voltou o olhar para Lucas que a olhava completamente ansioso.
- O que você queria além de ficar perto do campo? - Ah não sei, eu amo ficar perto do campo, amo ver os jogadores de pertinho.
- E se você pudesse ver os jogadores de mais pertinho ainda?
- Tipo as crianças que entram em campo com eles? – falou com os olhinhos brilhando.
- Tipo elas.
- Eu vou poder entrar em campo? – abriu o maior sorriso que Manu já tinha visto.
- Sim, amor – Lucas saiu animadamente da cadeira para poder abraçar a mãe e acidentalmente derrubou seu suco na mesa.
- Lucas, cuidado meu amor.
- Desculpa mamãe, é que eu fiquei feliz.
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Perfect Goal - Paulo Dybala
RomanceSer mãe aos dezoito anos não foi uma tarefa fácil, ainda mais estando sozinha como estava. Manuela aprendeu a ser forte, não só por si mesma, mas também por seu filho, que agora já tem três anos de idade. O pequeno era completamente apaixonado por f...