Prólogo

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Ando apressadamente pelas ruas escuras, a essa hora da madrugada o frio está quase insuportável. Enquanto caminho, me recordo da minha infância e adolescência difícil, sem oportunidades e chance de crescer na vida.

Tendo que me virar desde pequeno para sustentar minha mãe e irmão, logo após sermos abandonados pelo meu progenitor, para não dizer nome pior. Continuando... Vivíamos na mais extrema miséria, e jurei para mim mesmo que meus filhos jamais teriam uma vida desgraçada como a que tivemos. Fiz o que podia para não deixa faltar nada a minha família, e quando não havia mais o que fazer, já na adolescência, me vejo na obrigação de entrar para uma das máfias mais perigosas da cidade.

Agora, depois de anos me dedicando a máfia, e sem nenhum reconhecimento, por fim, já estava de saco cheio, e decidi bolar um plano, e muito bom diga-se de passagem. Eu sempre fui a base de tudo aquilo, e ninguém reconhecia meu valor, agora vão todos se ferrar. Foi tudo muito bem planejado, e acreditem, saí pela porta frente com as malas cheia de dólares pertencentes a máfia, e ninguém percebeu, bando de inúteis.

(...)
Parei meu carro, desci e caminhei até um galpão velho e abandonado. Dentro do galpão tinha duas prateleiras de um lado e do outro cheia de dinheiro, e no centro uma mesa com notas e mais notas de dólares. Passo a mão por cima daquela montanha de dinheiro quando meu telefone toca:

—Sim chefe. -Atendo

— Encontrou tudo em ordem?

— Sim chefe. Está tudo aqui.

— A sua direita tem duas bolsas grandes, coloque tudo dentro e Marckr estará te esperando no cruzamento da quinta avenida.

— Está bem chefe. -Respondo. Ia desligar quando descido questionar. -Quanto tem aqui no total?

— Porque quer saber? Você nunca perguntou nada, por isso contratei você e gosto do seu trabalho.

— Desculpe chefe, só fiquei curioso. Desculpe.

— Não se preocupe, aí tem 1 milhão de dólares.

— -Fiquei mudo diante da quantidade de dinheiro que tinha em minha frente.

—Não se atrase. O tempo é nosso inimigo.

Por um momento fiquei boquiaberto com a quantidade de dinheiro que passaria a ser meu, tinha dinheiro para viver pelo resto da vida, uma vida confortável e digna. Tudo o que eu sempre sonhei oferecer a minha família. Tudo esta caminhando perfeitamente bem. Rapidamente coloco o dinheiro em bolsas pretas, arrasto até meu carro, não tinha ninguém por ali, ligo o carro e zarpo.
(...)

VÉSPERA DE ANO NOVO

— Muito bem meus amores- Digo batendo palmas chamando atenção dos meus filhos.

Sou pai de dois filhos, um menino de três anos, cabelos loiros como fios de ouro, olhos azuis como os da mãe, braços e pernas longos como os do pai e o sorriso revelando dentes brancos bem cuidados. Já a menina, é a mais velha, tem cinco anos, rosto oval, olhos e pelos castanhos claros como o pai, pernas e braços longos.

Estavamos prontos para irmos a casa dos seus avós maternos, já que eles não tinham família por minha parte (minha mãe e irmão foram mortos por engano por traficantes assim que entrei pra máfia, desde então fiquei sozinho).
Shawm vestia uma calça bege com cinto marrom, uma camisa de manga listrada três quarto e sobre os ombros uma blusa de lã azul marinho e sapatos marrom. A irmã, Heloise, vestia uma saia azul marinho, uma blusa de manga comprida branca com um laco na frente e um bota preta, mais parecia uniforme escolar saído de uma revista.

Um pedido de MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora