I Want It That Way → Klance

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[Maurílo dos Anjos' voice] Boa noite amigos paladudes de todo o Brasil.

Antes de irmos à história, eu gostaria de dizer que eu corri pra terminar ela antes da s7 sair por motivos de: Lance Bi Arc que todos queremos (e esperamos) ter. Também acho importante ressaltar que ela era pra ser simplesmente o Shiro ajudando o Lance com a bissexualidade, mas acabou se tornando uma oneshot Klance de 13 mil palavras (e eu não me arrependo de nada rs).

O Lance acaba se machucando na história, então tomem cuidado ao ler (ele não morre, não se preocupem).

Boa leitura!

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Durante sua vida, Lance tivera várias ocasiões onde ele ficara confuso.

Como aquela vez, quando ele ainda era uma criança, que ele ficara confuso com o motivo pelo qual seu papa não estava abrindo os olhos. Ele lembrava-se de correr alegremente até seu papa adormecido no sofá, seu eu de 4 anos o cutucando para acorda-lo para que eles pudessem brincar de super heróis, ficando confuso quando seu papa não abriu os olhos e com a maneira como sua pele estava fria.

"Mamá!" Ele lembrava-se de chamar por sua mamãe, correndo até ela em busca de respostas. "Mamá, porque papá não está abrindo os olhos?"

Após isso, tudo o que ele conseguia se lembrar era dos gritos histéricos em uma mistura confusa de espanhol e inglês, de seus irmãos mais velhos correndo pela casa chorando com seus telefones em mãos, de sua mamá e de sua abuelita curvadas contra o corpo adormecido de seu papá no sofá, gritando e chorando enquanto tentavam sem sucesso acorda-lo. Ele ficara extremamente confuso na hora, mas foi assim que ele descobriu que seu papá havia morrido.

Tivera aquela outra vez, também, de volta ao Galaxy Garrison, que ele ficara confuso com a súbita raiva que tomou conta de seus sentidos quando ele viu um garoto caçoar de Keith à ponto de fazê-lo chorar. A sensação de raiva o deixara confuso, porque droga, ele mesmo caçoava e provocava Keith o tempo todo, achando engraçada a maneira como Keith inflava as bochechas com ar, cruzava os braços no peito com raiva, batia o pé no chão, como as bochechas dele ficavam coradas e a franja caía em frente aos olhos enquanto ele grunhia, mas isso? Isso não havia sido legal de se observar.

Ele sentiu a raiva queimar em suas veias, o sangue ferver, os punhos automaticamente se cerrando ao lado de seu corpo quando o garoto –James– continuava a fazer piadas e rir debochado de Keith, ocasionalmente cutucando-o em busca de uma reação do garoto mais baixo. Lance lembrava-se de observar à distância a forma como Keith fechou os olhos com força, os lábios comprimidos trêmulos de nervosismo, as mãos fechadas ao lado do corpo como se ele estivesse prestes a reagir às provocações de James, e também lembrava-se da forma como ele deu um passo involuntário para frente, as próprias mãos fechadas em punho, pronto para tirar aquele sorriso ridículo dos lábios de James com um soco, quando Hunk o puxou pelo braço de volta ao seu lugar.

"O que você pensa que está fazendo, cara?" Hunk o perguntara em um sussurro irritado, fazendo Lance franzir o cenho.

Ele lembrava-se de balançar a cabeça, o cenho ainda franzido quando ele desviou seu olhar de Hunk para olhar para Keith a tempo de ver o garoto sair correndo do salão, a risada alta de James e seus amigos ecoando pelo local. Lance olhou para baixo enquanto relaxava seus punhos, as sobrancelhas franzidas quando ele notou os pequenos cortes avermelhados nas palmas das mãos onde ele havia pressionado as unhas. Sua reação o havia deixado confuso, porque droga, ele mesmo não gostava de Keith, achando irritante a maneira como Keith se achava melhor que todo mundo, como ele era inalcançável, como ele não achava ninguém bom o suficiente para ser seu amigo. Keith Kogane, o melhor piloto do Garrison, eles diziam. Lance revirava os olhos toda vez que ouvia essa frase.