Se você acha que esse é o Sétimo livro da série Os Instrumentos Mortais, lamento informar duas coisas 1) Não, não é um livro da série. 2) Não vai ter sétimo livro. Essa história é de como eu e minha irmã se envolvemos numa batalha de Anjos e Demônios e de como a gente quase deixou a terra ser destruída, então esperem que aproveitem a história.
-Alexia - Minha mãe tem a incrível capacidade de me acordar do pior jeito possível - Acorda! Senão você vai se atrasar.
-Estou indo - Respondi, mas nós duas sabíamos que isso não era verdade. Ao invés disso, tapei a cara com o travesseiro. Mas como me arrependi disso. Ela entrou, ligou a luz do meu quarto e puxou as cobertas de cima de mim.
-Se você não levantar daí agora eu te levo de pijama para a escola - Eu duvidava daquilo, mas resolvi que era melhor não arriscar.
Levantei, fui para o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Tirei o short e a camisa "I Love London" que eu usava, o que é engraçado, pois eu nunca tive em Londres, e coloquei uma calça jeans e a camiseta da escola. Cheguei na cozinha e meu irmão já estava tomando café. Apesar de sermos gêmeos, somos tão diferentes um do outro, inclusive na aparência. Ele é inteligente, tímido, educado e seus olhos azuis fazem um contraste perfeito com o seu cabelo preto. Eu odeio admitir isso, mas meu irmão é bonito! Já, eu, sou tagarela, vivo discutindo com minha mãe e passo mais dias na escola do que eu gostaria e, ao contrário dele, meus olhos azuis só fazem meu rosto parecer grande demais.
-Bom dia, Leca - Era assim que ele, e todo mundo, me chamavam. O pior é que eu acho o apelido fofo.
-Bom dia, Luquinhas - Era assim que eu o chamava, só eu, o que dava uma sensação boa de exclusividade.
Enquanto isso minha mãe gritava da cozinha para nós deixarmos de papo, pois senão iríamos nos atrasar. Apenas tomei um leite com chocolate e depois peguei minha mochila e desci com o Lucas para a portaria, mas antes disso nossa mãe nos desejou boa sorte e me pediu para que não me metesse em nenhuma confusão. Nossa escola é relativamente perto da escola, o que é bem legal, já que nossa rua é bem arborizada e dá para respirar um pouco de ar puro – Que numa cidade como Porto Alegre é algo raro - para começar bem o dia. Então começamos a conversar uns assuntos aleatórios que surgiam, como nossos colegas, as provas e o fato que eu iria tomar bomba em química. Não me entendam mal, eu até que vou bem nas outras matérias e meu irmão me ajudou bastante, o que levantou um pouco minhas notas, mas realmente não dá.
-Se quiser eu posso estudar contigo nesse fim de semana – Ele ofereceu.
-Não precisa – Respondi para ele – Não é justo você perder o fim de semana comigo. E além do mais, eu não tenho ligação com química.
Ele deu uma risada discreta
-Engraçado o que você falou.
-O quê?
-É que ligação na química é algo que... – Percebendo minha cara de quem não estava entendo nada, ele parou – Nada, esquece.
Bom, então entramos na escola e nos despedimos, já que estamos em turmas diferentes. Cheguei na classe e o Nicolas já estava esperando por mim em nosso lugar costumeiro. Eu conheço o Nicolas faz poucos anos e desde então ele tem sido grande amigo meu e do Lucas. Ele estava usando uma calça jeans e a camiseta da escola. Ele tinha cabelos louros rebeldes e olhos verdes que me faziam derreter toda. Não que eu gostasse dele, afinal éramos grandes amigos, mas era impossível negar que ele fosse muito atraente.
Ele me viu chegando e deu um sorriso.
-Bom dia, linda.
-Bom dia, “lindo”.
Ele fingiu surpresa com a minha reação e perguntou se eu estava bem. Respondi que não, que tinha batido a cabeça antes de chegar. E depois começamos a rir, mas nessa hora o professor chegou e mandou que todos ficassem em silêncio.
É incrível como as aulas passam incrivelmente devagar! Sério, será que esses professores tem algum vira-tempo ou algo parecido para fazer as aulas parecerem tão longas? Chegou no último período eu já estava quase morta. Não aguento mais esse professor falando sobre a Revolução Francesa. Os franceses ficaram brabos e depois começou o quebra pau, por que eles têm que complicar tudo? Mas enfim, bateu o sinal para acabar as aulas, guardei minhas coisas e eu e o Nico – Apelido que ele odeia, pois acha que ‘Nick’ soa muito melhor – saímos e fomos para a frente da escola. O Lucas já estava esperando por nós para voltarmos para casa. Mas antes de sairmos, o professor de História, conhecido como Serjão, chamou o Nicolas e pediu para conversar com ele. O Nico pediu para nós irmos à frente que ele já nos alcançaria.
Começamos o caminho de volta para casa. Lucas me perguntou como tinha sido meu dia, eu respondi que foi bom, então perguntei como foi o dele, e ele disse que foi bom também. Então ficamos num silêncio por um tempo. Adoro a nossa comunicação.
Foi quando ouvimos um som, algo parecido com um rugido e então algo pulou por cima da gente e parou bem à nossa frente. Meu irmão rapidamente se posicionou na minha frente num gesto de proteção - Que fofo! – Mas apesar disso vi um medo em seu rosto. Algo que era compreensível, afinal aquela era a coisa mais bizarra que eu já tinha visto. A criatura tinha um rabo de escorpião, o corpo que parecia ser de um tigre e duas cabeças de lobos sedenta por sangue. Mas Lucas rapidamente pegou uma pedra e atirou na criatura, o que só serviu para deixá-la irritada. Ela veio correndo em nossa direção, Lucas me empurrou para um lado e saltou para o outro enquanto a criatura passou bem no meio da gente, mas ela rapidamente virou e bufou. Foi quando me liguei, estávamos encurralados.
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Cidade das Sombras
Teen FictionAlexia e Lucas são dois irmãos. Os dois são Nefilins, filhos de anjos com humanos, que se envolvem numa guerra mortal entre Anjos e Demônios. Agora os dois, junto com Nicolas, terão que reunir os outros Nefilins para impedir a ascensão de Lúcifer. A...