Pai, estou fazendo uma escolha que vai mexer com toda a minha vida, tanto pessoal quanto profissional. Peço-te que esteja comigo nesses momentos, que me auxilie e me guie para fazer as escolhas certas, que o motivo pelo qual eu as estou fazendo sejam bem apreciadas e aproveitadas por ti. E senhor, se não for pedir demais, toque no coração de Andrew para que ele aceite meus termos.
Essa foi mais ou menos minha oração essa manhã. Esperava sair de casa determinada e certa do que fazer, mas assim que chegamos ao território Fischer sou inundada com as mesmas sensações que tinha quando entrei na faculdade, incerteza em relação ao futuro, e justamente por isso, medo.
A conversa que tive com meus pais na noite anterior também não me ajudou a estar segura essa manhã.
- Você aceitou? - mamãe foi a primeira a se pronunciar
- Sim.
-Havia dito que não tinha interesse.
- E não tinha.
- Não entendo, o que mudou?
- Para ser sincera não há nada que me impeça de aceitar isso - além de minhas convicções românticas, que diante das necessidades sociais não passam de tolas - Percebi que só temos a ganhar com essa união.
- Meu bem - papai começou tentando se acomodar na cadeira - Não o conhece, não sabe o que aquela gente faz, terá sempre nosso apoio, mas pense com clareza, pense em você também e com quem está se metendo.
- Andrew é um bom homem.
Não foi a conversa mais esclarecedora, esperava conselhos e opiniões do que eu deveria fazer, pedir e tomar cuidado. Na verdade eles pareciam chocados demais para me dar qualquer conselho.
Respiro fundo e encaro a mansão Fischer tomando coragem para sair do carro. Ela é exatamente o que se imagina quando pensamos na casa de um magnata poderoso, impõe poder desde o portão de entrada, até os enormes pilares sobre o mármore da entrada.
- O que acha Robert? - pergunto ao motorista da família.
- Não é tão impressionante quanto parece.
- Imagino que não - sorrio. Ele que já trabalhou com tantas pessoas influentes que é impossível contar.
Agradeço quando ele sai do carro para abrir a porta para mim.
- Boa sorte senhorita - Robert não é um homem muito expressivo, tão pouco é falador, mas com todas as conversas que papai tem nesse carro, não me admiraria se ele soubesse a verdade por trás disso tudo.
O mordomo da casa abre a porta assim que subo o último degrau da pequena escada e as grandes portas de madeira revelam o interior da casa. Mas não é com luxo ou grandeza que fico admirada, tão pouco com as decorações e quadros chiques, a mansão é bonita, mas o ambiente é triste e solitário, uma diferença gritante do que estou acostumada.
- Avise o Charles sobre as mudanças na plataforma - Dylan Fischer sai distraído por uma das portas duplas que julgo ser o escritório junto com seu assistente - Não queremos outra surpresa na reunião. Peça para Andrea revisar a proposta do McField com atenção, aquele homem não dá ponto sem nó.
Ele entrega o iPad para o rapaz esguio e então tenho sua atenção, junto a um franzir de sobrancelhas.
- Senhorita Maia, não esperava vê-la aqui antes das três - Dou um singelo sorriso e ele fecha os olhos franzido os lábios - Já são três não são?
- Em ponto - respondo e ele suspira.
- Sinto muito - pega minhas mãos reforçando o pedido.
- Meu pai sempre se perdia na hora, mas se aceita um conselho, não se sobrecarregue ao ponto de esquecer-se de datas também, evitará muitas discussões no futuro.
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A Noiva Perfeita |LIVRO 1
RomanceAndrew Fischer precisa se casar! Querendo lançar sua candidatura a Governador, uma pesquisa mostra que a visão que o magnata passa aos cidadãos estando solteiro, é de desconfiança e insegurança. Por sorte, a equipe por trás de sua campanha já tem um...