É duro dizer adeus, é uma coisa que eu nunca aprendi a fazer. Ai pai, se você estivesse aqui... Tudo seria diferente.
Fechei a porta do meu quarto. Levei a minha última mala. Desci às escadas. Fui para a rua. Coloquei a última mala no carro. A Marcela chegou de carro com o João. Veio até a mim me abraçar que nem uma louca.
Marcela: Ai graças a Deus cheguei a tempo.
Ana: Calma amiga.
Marcela: Eu perdi a hora.
Ana: Já esquecendo de mim.
Marcela: O cel não tocou.
Ana: Tudo bem.
Eloísa: Então vamos?
Ana: Vamos. Vai ao aeroporto com a gente.
Marcela: Claro. –Fui ao carro do João com a Marcela e o Pedro foi com a minha mãe. Eu e a Marcela fomos rindo e fofocando até o aeroporto. O João só ria de tudo. Chegamos rápido ao aeroporto. Fomos andando pelo corredor. Eu estava abraçada a Marcela. Fizemos o check-in no passaporte e ficamos esperando a chamada para o nosso voo.
Voz do além da moça com voz de puta do aeroporto: Chamada para o voo 127 para o Rio de Janeiro. Repito. Chamada para o voo 127 para o Rio de Janeiro. Passageiros por favor dirijam-se ao portão de embarque.
Marcela: Ai Ana. –Meus olhos se encheram de lágrimas e os dela também. Nos abraçamos. Começamos a chorar.
Ana: Eu nunca vou me esquecer de você. Nunca!
Marcela: Nem eu. Promete me ligar sempre?
Ana: Sempre. Não me deixa faltar nenhuma novidade ein.
Marcela: Ta amiga e nem você.
Ana: Beijos te amo. –Demos o último abraço. Despedi-me do João. O Pedro se despediu do João e da Mah. Minha mãe também. Fomos até o portão de embarque. Revistaram-nos e tal. Entramos no avião. Coloquei meu fone de ouvido e coloquei uma música. Estava tão triste que iria deixar a minha amiga. Mandei uma mensagem: “Te amo”, ela respondeu: “Eu também te amo muito”. Não pude mais mandar mensagem. Fiquei o ouvindo música.
O avião logo decolou. Em duas horas eu estava na cidade maravilhosa. O Pedro me cutucou me acordando.
Ana: Me deixa Pedro.
Pedro: Olha. –Olhei pela janela. A cidade do Rio de Janeiro era linda. As praias. O Cristo Redentor. O Pão de Açúcar. Fiquei admirando a vista. Logo aterrissamos. Saímos do avião.
Fomos até o portão de desembarque. O caseiro da nova casa nos esperava. Continuei de fone de ouvido o cumprimentei. Pegamos as nossas malas e saímos do aeroporto.
Fiquei trocando torpedos com a Marcela. Colocamos nossas coisas no carro e fomos pra nossa nova casa. Paramos em frente a uma casa linda, uma verdadeira mansão. Saímos do carro.
Eloísa: E ai gostaram da nova casa? –Tirei o fone de ouvido.
Ana: Na boa mãe. A casa é um espetáculo.
Pedro: Se superou em dona Eloísa. –Fomos colocando as nossas coisas dentro de casa. A casa já estava toda mobiliada e arrumada. Conhecemos os empregados e tal. Minha mãe mostrou a casa. Mas eu tava interessada mais no meu quarto.