Capítulo dez

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Acordei com a claridade batendo em meu rosto. Virei de bruços escondendo o rosto no travesseiro. E então as lembranças da noite passada me fizeram abrir os olhos em choque e me sentar na cama.

- Finalmente. - ouvi uma voz masculina vindo do outro lado do quarto. - Pensei que nunca fosse acordar.

Arregalei os olhos em completo espanto.

- O-oque você está fazendo aqui?- perguntei já me levantando, pronta para correr e chamar a polícia.

- É você que está na minha casa. - ele levantou e veio até mim em passos lentos.

Olhei para os lados admirando o quarto. Aquele com certeza não era o meu quarto.

- Você não lembra de nada?- ele franziu o cenho e neguei com a cabeça.

Minha mente pensou em várias coisas poderia ter acontecido. Do que exatamente eu não lembrava? Eu precisava lembrar de algo?

Será que eu e ele...

Não.

Não.

Não.

Absolutamente não.

Nunca.

Isso nunca aconteceria entre eu ele. Afinal ele era ele. E eu nunca ficaria com um cara do jeito que eu acho que nós ficamos mas que eu tenho certeza que não ficamos porque é impossível, mas eu não lembro de nada oque torna isso possível.

Aish, minha cabeça estava pensando em mil e uma desculpas para dar à minha mãe mas ao mesmo tempo pensava em estratégias para fugir dessa casa.

- Eu acho melhor você se alimentar primeiro. Vem, o café já está na mesa.

Ele pegou a minha mão, me puxando para a porta. Mas então voltei a realidade e firmei meus pés no chão, o fazendo se virar pra mim confuso.

- Eu não vou tomar café com você!- soltei sua mão. - Eu quero que você me fale oque eu deveria lembrar. - cruzei os braços. - Agora!

Ele sorriu ladino e passou por mim, sentando na ponta da cama me olhando atentamente. Ele sorriu mais uma vez.

- Você lembra que foi à festa, não lembra?- o olhei óbvia.- Então você lembra que armaram aquilo tudo para fazer tudo aquilo com você, certo?

- Eu não sei.- falei baixo mas alto o suficiente para que ele ouvisse.- Eu não lembro de muita coisa...tinha muita luz, muita gente, eu estava confusa.

- As luzes eram os flashs das câmeras na sua direção e as pessoas...elas estavam rindo de você, S/N.

E então tudo veio na minha mente de uma vez só. A fantasia, as câmeras, as pessoas, o mel...o Yugyeom. Deixei um suspiro escapar entre meus lábios. Engoli em seco, tentando segurar as lágrimas. Eu não queria chorar ali, não na frente dele.

- E oque eu estou fazendo aqui?- perguntei como um sussurro.

- Eu te trouxe pra cá, dei banho em você, botei essa roupa e depois você dormiu como pedra.- ele riu anasalado e eu o olhei apavorada.- Tá me olhando assim porquê?

Olhei para baixo, olhando minhas vestimentas. Que no momento era apenas uma camisa que me ficava um vestido.

- V-você me...- ele me interrompeu.

- Não, não. Não foi eu.- ele riu sem graça.- Foram as empregadas.

Suspirei aliviada.

- Melhor.- ri fraco.

- Então...

Ele caminhou até mim em passos curtos. Ele parou na minha frente e sorriu, encolheu os ombros e estendeu a mão em forma de comprimento e eu aceitei.

- Me chamo Youngjae.

- Eu sei.- sorri.




Anonymous 》》》 YugyeomOnde histórias criam vida. Descubra agora