Capítulo I

16 7 0
                                    

[AVISOS] POR FAVOR, NÃO LEIAM SE SABEM QUE ISSO VAI FAZER MAL PARA VOCÊS. Na minha visão, isso aqui tem o tema meio pesado, então, já estou avisando.

Boa Leitura aos que decidirem ler sz

               Moço, sai da sacada, você é muito jovem pra brincar de morrer, me diz o que há, o que que a vida aprontou dessa vez

Hyuck, lembra daquele prédio abandonado que adorávamos ficar em cima brincando? Que ficávamos olhando a vista do pôr-do-sol?

-Eu amo esse prédio, aqui temos uma vista tão linda – eu dizia enquanto admirava tudo.
-É, até que é, mas, ele só serve ´pra eu me jogar dele – Essa era uma de suas “brincadeiras”.
-Lee DongHyuck, o que eu já disse sobre isso? – Eu ficava tão irritado com aquilo.
-Ah, qual é Mark? Sabe que é só brincadeira – E eu, como o tolo que era, deixava aquilo quieto. Um grande erro meu.

As vezes você ia para a beirada, você dizia que era para apreciar a vista melhor, porém, a única coisa que você fazia era olhar para o chão.

Venha, desce daí, deixa eu te levar pra um café Pra conversar, te ouvir e tentar te convencer que a vida é como mãe Que faz o jantar e obriga os filhos a comer os vegetais Pois sabe que faz bem

Lembro-me do seu sorriso enquanto falava de sua mãe, do quanto você à amava, do quanto se orgulhava de ser filho de uma pessoa como ela, até eu mesmo me orgulharia disso. Ela sempre foi forte e guerreira.

A senhora Lee fazia o possível para dar uma vida boa para você e seu irmão, Jeno. Sempre trabalhava para por comida na mesa e deixar seus filhos fortes e saudáveis. Sempre que podia, levava vocês no parque, eu sei disso porque sempre ia com vocês.

Mas sempre havia algo ruim, mas eu não percebia.

E a morte é como pai que bate na mãe e rouba os filhos do prazer de brincar como se não houvesse amanhã.

Seu pai. Ele era esse algo ruim, vivia fora de casa, mas, quando estava, batia em sua mãe, batia no seu irmão, batia em você. Ele sempre estava bebendo ou fumando, ele gritava todos os palavrões possíveis.

Hyuck, por que nunca me contou sobre isso? Eu era seu melhor amigo, não era?

Sempre que acontecia isso, eu estava no curso, então nunca havia percebido nada. Um dia eu faltei e foi então que eu ouvi toda a gritaria no seu quarto, você era meu vizinho e seu quarto bem ao lado meu, dava pra ouvir em alto e bom som tudo o que acontecia.

Seu pai estava batendo em sua mãe novamente, você tentou impedir, mas, consequentemente, acabou sendo espancado por ele.

Eu tentei ir até lá, porém, meu pai me impediu, disse que, se eu fosse, as coisas poderiam piorar. Então eu deixei. Eu só sabia chorar, não queria ver você daquele jeito, meu coração doía tanto.

Eu realmente não sei como não percebia aquilo, talvez as maquiagens que você e sua mãe usavam ajudassem a esconder. Sempre que isso acontecia Jeno ia para a casa de Jaemin e ficava por uns dias, então eu não via seus machucados.

Depois daquele acontecimento, você faltou as aulas por uma semana, eu ia te visitar, mas sua mãe dizia que você não estava em casa. Eu sabia que era uma mentira e que você não queria ver ninguém, então eu apenas voltava para casa.

Eu queria cuidar de ti, mas, parecia que você não queria ser cuidado.

Moço, não olha pra baixo, aí é muito alto pra você se jogar, vou te ouvir e tentar te convencer que a vida é como mãe que faz o jantar e obriga os filhos a comer os vegetais, pois sabe que faz bem.

Eu deveria estar lá, do seu lado, desde o começo, te protegendo, cuidando de ti, mas você não dizia nada. O que eu poderia fazer?

Você não confiava o suficiente em mim? Era isso?

Hyuck, se você tivesse falado comigo antes, eu poderia ter tentado te ajudar, poderia pedir ajuda aos meus pais.

Sua mãe já não conseguia ir mais ao trabalho, vocês não iam mais ao parque, já fazia um mês que você não saia de casa, Jeno foi morar com o, agora namorado, Jaemin, seu pai estava cada vez pior, ele agora pegava objetos de sua própria casa para vender e poder comprar drogas e bebidas.

Eu nunca ficava sabendo disso através de você, era sempre os vizinhos que comentavam sobre. Eu só queria que você confiasse em mim, Hyuckie.

[...]

Pela primeira vez em 2 meses você me mandou mensagens, disse que queria que eu fosse para aquele prédio, pediu que eu levasse flores para você, e eu levei, a suas preferidas, as gardênias. Não sabia para o que, mas eu simplesmente fiz o que pediu.

Já que eu iria te rever, resolvi levar chocolates, você adora eles. Antes de sair de casa, senti meu celular vibrar, era mensagem sua

Hyuckie <3:

Não se atrase :)

Sorri com aquilo, você detestava atrasos. Tinha guardado celular, mas logo depois senti vibrar mais vezes, não dei tanta importância, eu sabia que era você, devia estar me ameaçando para caso chegasse atrasado, como sempre.

Eu já havia comprado o buquê, sim, um buquê bem grande, só faltava os chocolates, mas aquela maldita fila do caixa estava enorme, não queria me atrasar, tu provavelmente me mataria, mas, com certeza, era só olhar os chocolates que logo me perdoaria.

Não foi bem isso que aconteceu, eu já estava lá em cima, onde ficávamos, mas você não estava lá, te cacei em todos os cantos, porém, não te achava. Eu parei para pensar e... você não poderia ter feito aquilo né? Ou poderia?

Me aproximei devagar daquela beirada que você ficava e vi que tinha um bilhete com uma letra redondinha, sua letra.

Hyung, me desculpe por isso, eu já não aguentava mais isso tudo, tentei ser forte pela minha mãe, mas cheguei ao meu limite. Desculpe mais uma vez, mas ninguém é de ferro e fomos programados para um dia cair.

Aquilo fez meu coração falhar uma batida, mas não sentido bom, era uma sensação horrível. Olhei para baixo e senti meu sangue gelar, deixei as flores e o chocolate cair de minhas mãos, lágrimas surgiram nos meus olhos, as coisas pareciam cair em câmera lenta enquanto eu ia você ali.

No chão. Você estava no deitado no chão, coberto de sangue.

Eu não conseguia acreditar naquilo, não poderia ser você ali. Desci todos aqueles andarem o mais rápido que pude, eu precisava te salva.

Quando cheguei perto fiquei em choque com o tanto de sangue que havia ali. Eu cai de joelhos, eu só sabia chorava, estava tremendo muito. Havia uma carta na sua mão, peguei e guardei no bolso.

– Hyuck - Eu chamei baixinho na tentativa falha de te acordar – DongHyuck! ACORDA POR FAVOR - Já gritava, não queria aceitar aquilo, não queria te perder.

Peguei o celular para ligar para a ambulância, mas, algo me chamou a atenção. Eram mensagens suas.

Hyuckie <3:

Não se atrase :)

Ou pode ser muito tarde
Hyung, por favor
Me salve
Eu preciso de você
Venha rápido

Parecia que 1000 facas estavam perfurando meu coração, não havia o que fazer, você se foi. Você me deixou. Você morreu.
Me desculpe, eu deveria ter sido mais rápido, eu deveria ter te salvado, eu deveria ter te protegido, eu deveria ter falado o quanto eu te amo, mas eu não o fiz. Eu ainda irei te encontrar, Hyuck, onde quer que você esteja.

~...~
Então, bebês, eu vou postar outra parte que vai ser da carta né, porém, não sei quando vai ser, já estou escrevendo, mas as vezes tenho uns bloqueios e talz
Mas é isto. Até a proxima

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 05, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

•|Amianto|• {MarkHyuck}Onde histórias criam vida. Descubra agora