Diga que se lembrara de mim... Mesmo em seus sonhos mais selvagens.
Nem mesmo mil flechadas iriam fazer metade do mal do que eles fizeram no dia que a tiraram de mim.
Não á palavras para dizer o quanto ressinto pela sua falta e o quanto remoo esse assunto todas as noites, cada dia mais lindo que o outro em casa e eu só consigo pensar no quanto queria que você estivesse aqui para ver.
Ver o sol se por como você gostava, sentir a brisa quente nos poros da pele e o aroma doce das flores do deserto. Coisas que você considerava especial agora são outras palavras na ponta da minha língua, a dor no peito me domina e por pouco o pranto não estrangula a minha garganta. São mais mortais que picadas de cobra, um veneno no meu coração.
Ainda vejo você com aquele vestido branco, os olhos cheios de alegria e o ar saudável a fitar da sacada da nova casa, o nosso sol dando adeus a seus filhos. Rhaegar á lhe fitar com uma falsa gratidão enquanto seus bajuladores davam saudações ao casal, o dia mais feliz da vida de uma mulher, eu me recordo.
Ainda não me perdoo minha irmã por ter te presenteado com o maior dos homens que na verdade era tão pouco. Você gritou á mim, implorando que eu te salva-se, o único que poderia e queria te salvar daquela situação era a pessoa que te colocou ali. No meio daquele circulo de mentiras e injurias, correntes que te aprisionam no inferno disfarçado de paraíso.
– Elia... – O seu nome ainda é doce, simplório e radiante como um sorriso matinal. Como as cocegas de dedos delicados e o toque quente do astro rei. Como o seu abraço delicado ao meu redor que nunca se esvai ou esfria.
E a lúgubre canção que te aprisionou. Foram as notas de amor que partiram o seu coração. Foi o beijo de amor do lobo e do dragão que te sentenciaram, por que uma tola víbora achou que o maior era o melhor, por que ela deixou que levassem embora o sol que brilhava em sua cabeça em vez de mantê-lo a salvo.
Mas isso não importa agora não é irmã? Amanha eu te vingarei, olharei nos olhos dos espectadores que mal sabem pronunciar seu nome, provarei do olhar mórbido dos seus algozes e purificarei a sua imagem com o sangue do seu assassino.
Mas agora não. Agora eu tenho que dormir nos braços de Ellaria, mas tenho um encontro final com você nos meus sonhos selvagens. Um encontro com seu sorriso que dirá mil maravilhas antes que a dura realidade me acorde.
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Diga que vai se lembrar
FanfictionPor que nos lembramos daqueles que se foram em certos momentos da vida com emoção? O nosso cérebro nos leva até aquelas utopias passada no verão da infancia, na primavera da adolescência ou na outonal vida adulta. Ao lado dessa pessoa temos variado...