Chapter 34

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Ainda naquele dia , o mesmo rapaz tinha voltado . Com a mesma caixa que via minha mãezinha querida . - quero dizer , a que cuidava de mim com todo carinho que ela podia me dar . Mesmo não sendo minha progenitora e tendo a minha imensa casa para cuidar e fazer a comida . Coisas na qual , minha mãe verdadeira , não era capaz de fazer . Nem se precisássemos - Não falamos nenhuma palavra aquele dia , mas passando alguns dias , - mesmo que eu não soubesse com certeza , a data e a hora - ainda dentro daquela jaula empoeirada e escura tentava conversar com o mesmo , muito coisa descobri . 

Ele é um bom menino , sempre ajudou a família e os amigos com o que tinha . Sua vida é bem parecida com a minha . Era de uma escola de bom ensino , o que já mostrava que era um rapaz estudado e quando virou um homem crescido , trabalhava para uma empresa com parceria com a empresa de seu pai . Mas , um dia armadores invejosos fizeram algo extremamente sério - esse algo , ele não tinha me contado - para a sua reputação onde trabalhava . E teve a infeliz notícia que conseguiram armar contra o mesmo . E enfim , teve que sair da empresa e da casa onde cresceu , pois seu pai o mandara sem dó e sem piedade para fora .

Sua mãe que ouvia a cena assustada e com os olhos cheios de lágrimas . Pelo o tanto de água que eles tinham , qualquer pessoa não conseguiria enxergar nem de perto . Mas , sinto informar , não era essa a situação da mãe do garoto que em meu campo de visão , que neste mesmo momento , lutava contra as cegas lágrimas . As lágrimas eram as última coisa que a perturbava , e sim , seus cegos olhos e seus cegos movimentos , que eram segurados por um porte forte e grande estrutura , seu próprio marido . Que a impedia de sair e poder ajudar seu filho tão amado , mas por não ver onde debatia suas mãos e aonde pisava , acabando por errar o passo e caindo inutilmente no tapete felpudo da sala de estar , fazendo a queda ser amortecida . Essa foi a deixa , para os braços , agora livres , do homem mais velho , para empurrar seu próprio filho , porta á fora . 

Não vou negar , que algumas lágrimas também saiu de meus olhos , mesmo que tentasse esconder era inevitável . Quando via , uma gota já caia de meus olhos e o menino que era mais velho do que eu se direcionou para perto de mim , me fazendo por reflexo , dar um passo para trás , entretanto , por perceber sua confortável atenção , sua confortável temperatura , seu corpo quente bater com o meu gelado e triste deixei que se aproximasse . 

_Não precisa chorar ! - ele estava perto demais fazendo meu corpo estremecer . Por um tempo não senti aquela gostosa sensação - Não estou chorando , então pare ! - ele se aproximou ainda mais de meu rosto , fitando meus olhos , como eu fazia enquanto via sua proximidade . O olhando sem me cansar , para suas íris acastanhadas que tanto me fascinava . Depois de dias incansáveis , aquele foi a primeira vez que o senti . Senti seu lado humano . Ele tocou-me com suas grandes mãos fazendo um calafrio subir pelo meu corpo , secando as últimas gotas d'água que tinham caído dos meus olhos um pouco cansados e pesados - Por favor ... - ele terminou como um suspiro no meu ouvido , enquanto colocava uma mexa de meu cabelo atrás de minha orelha - É ridículo ver uma menina bonita chorar pela dor dos outros sendo que tem suas próprias dores , para se preocupar ! - Outra coisa , é que suas palavras , ás vezes , eram frias como a neve , mas vinha com um tipo de elogio disfarçado . Ele já tinha se levantado da caixa onde estavam sentados , para não ficarem em pé . E dando as costas para a menina carente , foi para a porta . Se não fosse pelo chamado da garota , ele talvez , passaria reto e sairia dali sem dizer mais nenhuma palavra ou faria qualquer outro ato , á não ser sair dali .

_Você .... - Carol soltou enquanto via melancolicamente , o rapaz se afastar . Ela sentia que deveria fazer várias perguntas , que são feitas para se aproximar mais das pessoas , porém se acostumou apenas , com a ideia de deixa-lo ir . Fazer ficar ali , só por estar extremamente carente , era algo errado . Tanto pela situação e pelos seus próprios sentimentos bagunçados  - Pode me trazer comida ? Estou com fome - estava com bastante fome , sim . Mas não era essa exatamente essa sua pergunta , deis o começo . 

_Ah claro ! - dava para se perceber  um pingo de desapontamento em sua voz . Ele deve estar cansado , esteve o dia inteiro fora e por consequências , estive sozinha , apenas com a companhia do Sol que entrava pela pequena janelinha no alto da parede e do vento que fazia meus cabelos voarem . Mas eles se foram depois de um tempo - Vou levar a caixinha de remédios lá para cima e já venho com sua comida - sempre gostei do jeito calmo e cheio de palavras dele . Deixava uma harmonia boa . 

_Obrigada ! - digo segurando e prestando bastante atenção na barra de meu vestido , brincava com eles enquanto mantia meus gravados gravados no meu sapato branco com sorriso minimo - ....... - dei uma pausa para que ele disse o seu nome . Quando iria falar , outra voz surgi por trás dele , fazendo-o

_Já está de saída querido .... - a pessoa cuja voz feminina fala com estridência e confiança , mantendo os seus grandes e pretos olhos , em cima de mim - Taehyung ? - lisa disse entre risos . 

_Saia daqui garota ! - ele disse revirando os olhos enquanto ia até Lisa , que estava trajada em um vestido vermelho extravagante e decotado , o contrário do meu .

_Só Carol irá sair daqui ! - logou após ouvir meu nome , viro meu rosto fitando seu sorriso sacana - É você mesma ! Tem alguém te esperando para jantaram - quanto mais tentava achar alguém , menos encontrava . O sorriso de Lisa deixava bem claro que o rosto de Carol estava em uma mistura de curiosidade , medo e dúvida - É melhor ir rápido ! A comida pode esfriar ! - Carol foi pega num pulo , pelas mãos da outra garota ali estarem em contato com sua pele . Ela apertava forte os seus ombros , levando-a para fora da " jaula " - Tenha um belo jantar !

O Nerd [ Nanjoon ]Onde histórias criam vida. Descubra agora