- Senhorita Anna o seu vôo será daqui a quarenta minutos, mas já pode se dirigir ao local de embarque.
- Obrigada.
Não vejo a hora de sumir desse lugar, recomeçar minha vida da minha forma, e nunca mais ninguém mandará em mim.
Embarco no avião e sinto um alívio tão grande, saber que estou prestes a chegar num lugar onde ninguém me conhece, a única coisa que me deixa triste é me lembrar de mamãe, da situação na qual ela se encontra, mesmo me tratando na maioria das vezes mal, era apenas por min que mamãe ainda lutava, ela se machucava tanto pra não me ver machucada, fazia tudo que papai mandava para não me ver obrigada a fazer no lugar dela. Até aparecer aquele velho horrível, que achava que seu dinheiro sujo era a melhor coisa do mundo, nojento.
Após quase doze horas de viagem em fim cheguei, a aeromoça veio até a mim para me dizer onde pegar as malas, mas como por impulso não deixei ela terminar, porque eu não trouxe malas, viajei apenas com as roupas do corpo e uma mochila com alguns documentos e o mais importante, o número de telefone de minha tia que eu havia pego no quarto de mamãe sem ela perceber.
- Não trouxe malas, mas onde consigo um telefone? Preciso fazer uma ligação urgente.
- Ah sim senhorita, vá direto ao saguão, na central de atendimento ao cliente e lá te explicam direitinho como fazer.
Não me lembro mais o rosto de minha tia, eu tinha apenas dois anos de idade a última vez que ela me viu, estou anciosa para conhecê-la de verdade, porém tenho muito medo.
- Alô, quem fala?
- Catarine, quem está falando?
- Aqui é Anna, sua sobrinha, filha de Judith.
- O que? Nossa, Anna, o que devo a honra de sua ligação?
- Tia, estou na cidade, preciso do seu endereço, quero muito revê-la.Titia quase teve um infarto ao telefone, mas me passou o endereço, meu Deus que sensação é essa? Um misto de alívio e medo, não sei o que falar quando chegar lá, mas não conheço mais ninguém aqui, o dinheiro que tinha gastei com a passagem, não terá outro jeito a não ser encarar tudo isso.
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Galerinha, espero que gostem, esse livro tem sido o motivo de muita alegria, obrigada, até o próximo capítulo.
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LIBERTE-ME SE PUDER
RomanceAnna desde pequena é humilhada em sua casa, seu pai um bêbado que batia muito nela e em sua mãe, seu lar não tinha amor porém tinha muito sexo.Cresceu vendo seu pai obrigar sua mãe a se deitar com muitos homens em troca de dinheiro para sustentar se...