Hoje eu a vi, o mesmo sorriso de sempre, os mesmos óculos quadrados, aquela leveza no olhar... engraçado, mesmo partido meu coração ainda a ama e a deseja com todas as suas forças, mesmo que ela o tenha pegado com suas mãos e o destroçado assim, como se os sentimentos que ali habitam não significassem nada e como sempre ela não me vê, porque está perdida no seu universo, o mesmo que tinha me prometido e hoje sou banido dele, impossibilitado de entrar. Ela nunca saberá, mas depois de sua partida eu comecei a cultivar uma rosa, porque me lembra ela, uma aparência delicada, mas com muitos espinhos afiados. Ela é o sol de seu próprio universo e eu sou a lua, espero que um dia voltemos a ser um eclipse.