2016.
Oliver era um garoto dedicado embora não fosse aparente. Por conta de diversas brigas que havia presenciado de seus pais desde criança, gastava todo seu tempo com aulas de músicas onde sabia tocar todo tipo de instrumento e era extremamente bom nisso.
Assim sendo, o garoto começara escrever suas próprias canções apenas por diversão; porque era o que gostava de fazer, até virar sua obsessão.
Em alguns casos, a obsessão do menino para produzir algo chegava a um ponto tão grave, que se sentia um completo idiota por não conseguir concluir um simples verso.
Após a recente separação de seus pais, a ausência de sua mãe fazia com que Oliver se sentisse só, mesmo que não fossem tão interligados no passado.
Por mais que seus pais discutissem a todo momento, o garoto gostava da companhia de ambos e de algum modo, se sentia seguro perto daqueles.De alguma maneira durante esses dias, sequer conseguia pensar em alguma coisa, conseguia sequer se concentrar.
Ele odiava ter essa sensação, odiava todas as vezes pegar o lápis para compor algo novo e nada eclodir ali. Era frustrante.
[...]
Estava tarde, ele sabia disso. Sabia que precisava se deitar para poder acordar cedo na manhã seguinte e ir para o colégio mas, sua frustração era tanta que fez com que o garoto perdesse o sono.
Andou por um longo tempo formando assim, invisíveis círculos pelo tapete cinza de seu quarto em uma falha tentativa de conseguir pensar em alguma coisa. Nada.
Ao conferir que horas eram, se assustou. De imediato, organizou a pilha de papéis amassados que havia jogado sobre sua cama e os depositou no lixo, guardando assim seu violão logo após.
Seria mentira dizer que após o garoto ter deitado sobre sua cama, ter dormido rapidamente. Oliver virava para ambos os lados, encarava o teto e intercalava os olhares com sua janela.
Pode parecer até mesmo idiota para uma pessoa séria como ele, mas deitou até mesmo de cabeça para baixo - por um curto período -, aguardando assomar teu sono.06:50am
Os raios de sol invadiam seu quarto através de sua cortina branca, quase transparente. Se levantou e fitou o chão por alguns segundos, pensando no por que diabos havia acordado tão cedo naquela manhã. Fez sua higiene matinal como todos os dias e se dirigiu a cozinha para tomar seu café.
Sempre se arrependia por ir dormir tarde nas noites anteriores, sua cabeça latejava fortemente mas não haviam remédios em sua casa, sempre acontecia. Decidiu que então, durante o percurso em direção ao colégio passaria próximo a uma farmácia.
08:43am
Faltava alguns minutos para que o sinal tocasse e todos começassem a sair rapidamente a procura de lugares no refeitório. Naquele momento, sua dor de cabeça havia acabado, como dito, o garoto havia passado na farmácia e comprado o comprimido para aliviar sua dor.
Antes de entrar na sala que mais odiava, Oliver apanhou um comprimido de sua cartela e o engoliu rapidamente, seguido de um grande gole dágua - era sempre uma dificuldade tomar comprimidos - caminhando até o local.
O rapaz além de sério era um grande observador. Gostava de admirar cada movimento pela janela na aula de matemática, fazia de tudo para não prestar atenção naquela matéria. Era incrível o modo de como as coisas pareciam andar em câmera lenta.
O sinal ecoou pelo prédio, indicando assim o intervalo. Oliver se despertou de seus pensamentos assim que percebeu que não havia quase ninguém naquela sala e tentou organizar suas coisas o mais depressa possível.
Enquanto organizava os livros acima de sua mesa, levantou o olhar e pôde avistar uma garota de cabelos curtos, aparentemente apanhando os livros com a mesma pressa. A garota levantou o olhar em direção a Oliver e desviou rapidamente, ficando assim com um leve toque de pêssego em ambas bochechas. Saiu da sala deixando assim um confuso garoto para trás.
[...]
- achei que não iria sair daquela sala nunca. - disse Raphael, se aproximando de Oliver e apoiando o lado esquerdo de seu corpo sobre os armários azuis que se encontrara fechados. Oliver, desta vez, que se assustou com a presença do amigo, fechou seu armário podendo assim encarar o rosto do outro sorrindo pra ti.
Aliviado, sorriu para Raphael por finalmente ter encontrado o garoto novamente, percebendo que estava tudo bem entre ambos após o ocorrido das férias de verão.
- você me assustou sabia? disse Oliver colocando a mão emcima de seu peitoral fazendo Raphael sorrir bobo novamente balançando a cabeça.
- desculpe a demora... vamos antes que a situação lá piore.Caminharam até o refeitório, lado a lado e para a infelicidade do moreno, estudantes de diversas maneiras já haviam ocupado as mesas do local.
Droga, pensou o garoto.
Raphael então propôs levar o amigo para outro lugar, já que sabia que ele odiava lugares como este.
Ficou surpreso pelo toque do amigo em seu pulso. Não sabia a onde iriam apenas deixou que o amigo fosse teu guia para fora daquele mar de pessoas.
Acabaram em um grande gramado, cheio de árvores e bancos, era como um fumódromo - talvez após o expediente, alguns professores visitassem o local - pensou Oliver -.
O garoto nunca havia visto aquela região antes e Raphael tinha absoluta certeza que o mesmo gostaria - e estava certo sobre seu pensamento -. Se sentaram sobre um banco que havia ali e começaram a jogar conversa fora, sem se importarem com o tempo. Estavam bem daquela forma, sorriam e se divertiam, ambos preferiam não tocarem naquela conversa. Foi quando o alarme soou novamente, indicando a próxima aula, biologia...
espero q gostem.
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you need to say goodbye.
Teen Fictiononde oliver precisa de inspirações para suas composições e conhece elizabeth, a pessoa que mudou completamente sua vida.