Cartas.

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-Eu nem sei mais o que fazer. -Disse a si mesma.

-Desculpa, eu escutei você falando sozinha e eu tenho certeza que você vai se sair bem na prova de quinta-feira que vem. -Disse eu.

-Obrigada! -Disse ela olhando para mim.

-Imagina, eu também sou péssima em matemática. -Dei uma risada.

Ela me encarou por um momento e logo desviou os olhos para uma parede onde tinha retratos dos professores, antigos professores, antigos alunos, antigos direitos. Sorri e logo puxei assunto com ela, ela me pareceu muito simpática e um pouco tímida, disse a ele que a escola era um dos meus lugares, primeiro é minha casa. Ela se soltou comigo, ela falou um pouco de sua vida e também disse que tinha uma quedinha por um garoto que estava na minha sala.

-Lá só tem feios, tirando eu, por que sou bonito.

-Não tem não, e você é bem bonito mesmo.

-Então, eu sou o único bonito de lá.

Ela deu uma risada, seu sorriso era uma das coisas que me chamou atenção. Seus olhos se cruzaram com os meus, sorri e então ouvi meu nome vindo do corredor, ignorei e continuei ali com ela.

***

Voltando para casa, vi minha vizinha de sete anos abracada com seu ursinho, seu vestido azul bebê estava manchado de sangue e ela estava descalça. Corri até ela e então a mesma me abraçou soluçando e repetindo as mesmas palavras matou mamãe perguntei o que tinha acontecido e a levei para dentro de casa.

-Filho o que ela está fazendo aqui? -Perguntou minha mãe.

-Estava quase chegando quando a vi na porta.

Minha mãe se aproximou de nós e a pegou nos braços, minha mãe mandou eu ir até a casa da garota para ver o que tinha acontecido. Já na frente da casa, escutei um barulho nos fundos, sai de lá e fui até os fundos da casa dela, estava tudo escuro e não conseguia ver nada.

-Oi? Alguém ai? -Perguntei. Mais nada respondeu ou fez barulho ou qualquer coisa.

Me virei e me deparei com o corpo da mãe da garota, corri até o corpo e vi que não tinha sinal de vida. Corri até minha casa e avisei minha mãe, ela me pediu que ficasse com a menina; subi e entrei no quarto onde estava deitada na cama, já tinha tomado banho e comido.

-Quero saber o que houve.

-Ele... matou... mamãe...

Queria saber quem era "ele" então foi ai que ela disse o nome, era o seu padrasto que tinha matado sua mãe aquela hora que ficava repetindo a mesma coisa.

-Liv, você vai ficar com e gente, ok?

Ela acentei com a cabeça. Ela veio correndo me abraçar, abracei ela de volta. Peguei a no colo e fiquei com ela até a mesma pegar no sono.

Quando a mesma pegou no sono, coloquei a mesma na cama e a cobri até o queixo, sai do quarto fechando a porta, suspirou fundo e fui até meu quarto, fechei a porta e fiquei na janela observando a casa vizinha, logo desviei o olhar para rua, de longe vi a mesma garota que tinha ouvido falando com si mesma, fiquei olhando para ela e vi que a mesma meio que dançando, sorri e balancei a cabeça.

-Como sempre doida. -Disse eu.

Sai da janela e fui fazer minhas tarefas, quanto isso fiquei pensando no rosto dela, eu realmente estava apaixonado por ela? Acho que sim. Fiz uma geral na minha mochila quando vi umas duas cartas, eram de Susan Collins, uma ex namorada.

Querido Miguel.

A muito tempo fiquei pensando em você e em tudo que passamos, tem umas coisas que quero lhe falar, eu terminei com você não por que eu gostava de outro e sim por que ele que queria assim, sei que é tarde de mais para falar isso.
Espero que não se esqueça de mim como não esqueci você nenhum dia se quer.

Sua amiga agora, Meg.

E tinha outra. Fiquei olhando aquelas cartas na mão, vontade de rasgar, mas por que só agora queria me contar isso? Peguei a outra carta e a li.

Querido Miguel,

Essas noites fico pensando como seria legal a gente juntos novamente, como éramos antes, como já disse na outra carta, é muito tarde de mais para isso. Eu sei que você não quer mais na como e eu não quero ficar longe de você, mais vamos ser amigos pelo menos?
Espero sua resposta.

Sua Meg.

Continua?

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