[14] The worst day of my life

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Estava agora a preparar-me para o pior dia de toda a minha vida. Hoje ia ser o funeral do meu pai, e eu ainda não acredito que isto aconteceu.

Desde o dia que encontrei a minha mãe no hospital, nunca mais a vi. Acabei por vir para casa com Harry e Louis. 

Vesti um vestido preto, calcei uns sapatos rasos e estava pronta. Não me ia estar a arranjar muito, afinal eu não ia para nenhuma festa, ia para o pior dia de toda a minha vida.

Quando olhei ao espelho para ver como estava, vi uma pessoa completamente diferente do que eu estava habituada a ver, estava completamente horrivel. Tinha os olhos raidos de vermelho, tinha umas olheiras enormes, estava pálida, estava completamente horrivel. 

Ouvi um toque na porta do quarto, onde eu estava hospedada em casa do Harry. 

"Entre" dei premissão à pessoa que estava no lado de fora a entrar no quarto

"Já estás pronta para irmos?" perguntou o rapaz a quem me posso orgulhar de chamar de meu melhor amigo

"Sim, acho que sim..." disse e uma lágrima soltou-se dos meus olhos e percorreu a minha cara

"Então vamos a minha mãe está à nossa espera lá em baixo..."

Peguei  na minha mala e nuns óculos de sol e desci as escadas na companhia de Harry

"Como estás querida?" perguntou a mãe do Harry mal eu cheguei ao último degrau das escadas que davam para a sala

"Sinceramente não sei..." 

O que eu disse era realmente verdade. Eu ainda estava em completo choque pelo o que tinha acontecido, ainda não tinha acreditado que aquilo tudo era verdade, ainda pensava que aquilo era um sonho, um sonho do qual ia acordar e poderia abraçar novamente o meu pai.

"Acho que ainda estou em choque... Ainda não acredito que isto tudo aconteceu..." completei o meu raciocinio

A mãe do Harry acenou, mostrando que tinha percebido o que eu tentei explicar.

Dirigimo-nos todos para o carro da mão do Harry, e esta conduziu-nos para o funeral do meu pai. Durante a viagem recebi uma chamada, era Louis

"Sim Louis?"

"Já estás na igreja Becca?" perguntou ele

"Não, vou a caminho com o Harry e a mãe dele. E tu?" respondi

"Sim... Eu vou ficar à tua espera na porta..."

"Está bem... Eu também já estou a chegar..."

"Eu estou aqui à tua espera..."

"Até já..."

Desliguei o telemóvel e guardei-o na minha bolsa

"Era o Louis?" perguntou Harry que ia no lugar do pendura, ao lado da sua mãe que ia conduzir, olhando para mim através do retrovisor.

"Sim... Ele ligou para dizer que já estava à minha espera à porta da igreja..." respondi

"Não te preocupes querida, já estamos quase a chegar..." disse a mãe do Harry

Por um lado queria chegar o mais depressa ao cemitério, porque estava farta de estar dentro deste carro. Eu estava imensamente agradecida por tudo o que o Harry e a sua mãe fizeram por mim, mas o ambiente deste carro era intenso, e eu sabia que se estivesse muito mais tempo aqui fechada a minha barreira acabaria por se desmoronar e eu acabaria por me entregar completamente à dor que estou a sentir e começaria a expressa-la da pior maneira: chorando. Mas por outro lado eu queria que esta viagem de casa do Harry até ao cemitério nunca mais acabasse para que eu não tivesse que enterrar o meu pai, o meu próprio pai e a pessoa que eu mais amava em toda a minha vida... Só de pensar que eu estava dentro deste carro para ir enterrar o meu pai sentia como se estivessem a dar socos repetidamente no meu estômago...

Three Months To Find LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora