Às borboletas

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nunca entendi muito bem sobre as tais borboletas no estômago que todo mundo falava.

até o dia em que você apareceu e elas acordaram.

dali em diante elas se tornaram tão felizes quanto crianças quando ganham doce.

e tão ansiosas quanto gestantes no sétimo mês de gravidez.

elas despertavam com o cheiro do seu perfume e sabiam sua rotina de cor.

quando você chegava elas sambavam de felicidade e meu estômago virava a sapucaí.

mas você decidiu que não iria mais aparecer.

no dia oito, enquanto você sorria por mais uma conquista eu vomitava às borboletas que habitavam no meu estômago e um dia sambaram felizes por sua presença.


vi elas caírem mortas no chão do meu quarto, enquanto eu escutava pela última vez a música que me lembrava você.

C.Gdak.

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