A vivência que suga sua alma para um recanto escuro e deprimente
As mesmas situações que são perturbadoras ao seu ver
O conflito de uma mente sem lembranças
O costume de olhar as estrelas e se acalmar momentaneamente
O deslumbre do céu que colide com a superfície te teus olhos
Tudo ficou avermelhado, sangue escoria na janela
As cortinas flutuavam feitos fantasmas que vieram para assombrar
Ó pequena criança, vendo a tempestade sem poder ajudar
Seus passos no escuro jamais serão ouvidos
Deite-se na grama molhada e espere a chuva acabar
Ossos quebrados murmurando e perpetuando
Tua presença carnal sem rumo
Vagando pelo relento das almas tenebrosas perdidas
Os olhos te guiam para adentrar no labirinto imundo do submundo
Sua presença é admirada por aqueles que se banham em lagrimas
A figura descontorcida da morte veio te atordoar
Durante a lua cheia dance com ela e conte seus pecados
Derrame lamentos e conte as tortuosas lembranças
O chão se abrirá. Profetizo essa última companhia
Adeus vazio interior, nunca te perdoarei.
PuckAili DeMarmorie (Marilia Rezende)
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Transcender
PoetryUm poema para mergulhar na margem dos pensamentos de uma criança traumatizada.