Futuro?

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Oiiiii, gente. Como vocês estão?

Acredita que estamos próximos de chegar as 700 visualizações? Cara eu estou muittto feliz mesmo!

Mas sem demora, segue o capítulo.

Ah, não se esqueçam de ouvir a música!

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Southampton Hospital.

— Seu nome — A voz de Chord a faz franzir o cenho. Tudo estava estranho.

— Rachel Halsey... — As palavras abandonaram os lábios dela como um sopro. Dois dias haviam se passado desde o dia em que ela acordou. Dois dias em que Chord não permitiu diálogos dos médicos com ela, entrada dos poucos amigos e familiares que vieram até o hospital.

— Quantos anos você tem, Rachel?

— 20 anos — Respondeu prontamente. Sem vacilar. — Posso saber os motivos dessas perguntas?

— São perguntas de praxe. É normal com todas as pessoas que sofrem algum acidente.

Não foi uma mentira, mas Chord sabia que o caso dela estava além de um acidente. Estava além de algo normal. O coma era um mistério para a medicina, haviam pessoas que durante o coma simplesmente conseguiam captar sons e saber o que se passava no ambiente que estavam. Ouviam. Outras mesmo em coma, sentiam.

— Em que ano estamos? — Os olhos de Chord a examinavam com cuidado, da mesma forma que Rachel lhe olhava.

— 2012.

Chord já havia conversado com ela anteriormente. Nesses dois dias, ele foi o que ela teve de mais próximo de companhia. E em cada pequena conversa, ele percebia que ela não tinha consciência de que haviam se passado seis anos. Seis anos desde o acidente. Rachel havia lhe perguntado sobre a família: Harvey, seus filhos e seu pai. Disse que Miguel era um bebê e que deveria estar precisando dela, por isso ele devia a liberar o quanto antes. Porém, Miguel não era mais um bebê. Barack Obama não era mais o presidente dos EUA e Rachel não tinha noção de que estavam em 2018.

— Você se lembra do acidente? — Chord questionou e ela assentiu.

— Era a primeira competição que eu ia participar desde que Miguel nasceu — Rachel abriu um sorriso e remexeu seu corpo, era difícil se ajeitar considerando que seu corpo parecia estar totalmente pesado. Chord se levantou e se aproximou dela, a pele amendoada estava opaca, sem vida. Ergueu o travesseiro e segurou nas costas da mulher, dando o apoio que ela precisava para se sentar.

— Eu lembro que estava tudo bem, eu tinha feito todos os movimentos com perfeição. Não havia buracos no gelo, a pista estava em ótimas condições. Até que eu senti uma dor na perna, talvez eu tenha feito o movimento errado e quando eu fiz o giro, não tinha mais força e só me recordo que tudo começou a ficar escuro, eu já havia despencado.

— Entendo — Chord se afastou dela. Óbvio que Chord não tinha nenhuma experiência em como lidar com casos assim, o que ele fazia era seguir a risca o que aprendeu na faculdade, ou seja, estava comendo livros de psicologia, pois a vida real em nada se parecia com a teoria. — Quer água?

— Quero alguma coisa sólida. Sinceramente, tenho medo do que servem aqui... — Ela não estava brincando, mas a risada dele foi inevitável. — Não costumo comer nada que eu não consiga identificar.

Chord deveria ter se portado como um bom profissional e dito que deveria ser assim até que o corpo dela se acostumasse. Porém naquele momento, quando seus olhos pousaram nela, ele não queria ser apenas um profissional, de alguma forma ele queria a apoiar.

Quando Ela AcordarOnde histórias criam vida. Descubra agora