De manhã, algo acontecia, algo vulgarmente invulgar... Nada em que reparasse num dia normal, mas naquele dia reparei. Havia um funeral a decorrer perto da sepultura do meu irmão, já assitira a muitos nas visitas que fazia ao cemitério, mas este intrigava-me partcularmente.
O funeral estava a acabar e abordei uma senhora que abandonava o local e perguntei o que se passava, ao que respondeu:
-Um rapaz pequenino morreu de um depersão súbita que sentiu quando o irmão mais velho saiu de casa.
Não liguei muito, apenas achei um morte algo de invulgar, até um pensamento obscuro me vir à cabeça, não podia ser.... Tinha que confirmar...
Cheguei mais perto da sepultura e vi a minha mãe a chorar e na sepultura lia-se nitidamente: Adrian.
O meu irmãozinho morrera, tudo por minha culpa, a raiva, o arrependimento e a tristeza dominaram-me de súbito, até que me surgiu um novo pensamento, o meu irmão morrera porque eu sai de casa, eu sai de casa por causa da droga, que me foi dada pelo Neville.... A culpa era dele e agora a memória do meu irmão gritava por vingança dentro da minha cabeça, a sanidade faltava-me, só a sede de vingança é que me movia:
-Eu vou vingar-te....
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Rio de lágrimas
SpirituellesTodos erramos, mas até onde é que os nossos erros nos levam? O que nos acontece quando só vemos raiva? Como é viver num mundo onde a tristeza nos mexe a alma e o medo brinca com o nosso coração?