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Aruna acordou depois de um sonho esquisito. Olhou em volta e viu que estava num quarto diferente do seu, mais luxuoso, e que sua avó estava sentada numa poltrona lendo um livro.

- A princesa acordou?

- Vovó, o que, onde estamos?

A avó riu e seguiu até a neta. Sentou na beira da cama e alisou os cabelos da neta.

- Não falei que tive um pensamento a respeito dos seus poderes?

Então o sonho. Era verdade!

Aruna chorou. Uma parte era de agradecimento por ter descoberto os poderes, mas a outra era por isso ter acontecido diante de toda Terbitcha. Selena, Emeline, seu pai, o rei.

- Vó, por que o rei me chamou de filha?

A avó da garota se levanta e anda pelo quarto. Para diante a janela e observa. Calada. Sem falar absolutamente nada. A avó ri para a neta e sai do quarto.

Aruna enxuga o rosto, calça os sapatos e sai correndo dali. No caminho, tromba com alguém que a faz cair no chão.

Era um guarda. Com os olhos de um brilho esquisito, cabelos claros, e um perfume levemente amadeirado.

- Desculpe. - Se limita a dizer.

O guarda a ajuda a levantar. Sorri para a garota.

- Estava lhe procurando princesa. Todos estavam. Venha, o rei quer vê-la.

Princesa? Ela tenta falar algo, mas é puxada levemente pelo guarda.

- A propósito? Qual seu nome? - Pergunta ela.

O guarda sorri e balança a cabeça.

- Julian. Sou um Terno's atlântico.

Ela ri. Atlânticos são conhecidos por se transformarem em peixes nada bonitos. Menos o filho de Neturno, o rei dos mares, e irmão do rei.

- Por que ri? - O jovem pergunta.

- Atlântico? Você se transforma em quê? Um tubarão? Uma arraia? Um peixe palhaço?

O jovem também ri.

- Sou o príncipe. Posso me transformar no que quiser.

Aquilo pegou Aruna de surpresa. Aquele era o principe dos mares, e o único príncipe de Terbitcha. Muitas gostariam de estar em seu lugar agora.

Chegam no escritório no rei. Julian permanece no lado de fora. Aruna entra e encontra seu pai, o rei e uma mulher. A mulher vem até ela e lhe abraça.

- Você se tornou uma mulher linda. Sua mãe ficaria orgulhosa.

Aruna não se move. Olha para o pai que ri. E o rei que está chorando. A mulher a solta e volta para o lado do rei. O rei vai até uma janela e vira sua atenção a Aruna, antes de abrir os braços e falar.

- Não sabe o quanto procuramos você. Mas finalmente está aqui. Venha dar um abraço em mim filha, venha dar um abraço no seu verdadeiro pai.

Terno's - A glória do Poder [Pausa]Onde histórias criam vida. Descubra agora