Roda das Princesas

Capítulo 07

🤯

Amália e José.Amor sem fim.Amália amou de verdade José,talvez,mas o amor dela acabou,o corpo apodreceu e ela desencarnou,Amália agora é Maria Navalha.

Foi uma briga no meio da ponte que levava as cargas para o porto,ela levou um tiro mas rasgou o rosto de sua rival.Ambas morreram ali mas Navalha é filha de gente graúda foi batizada em sangue,ela é feita no feitiço.Até hoje ela esta por aqui com José,o Zé Pilintra.

Ela vinha caminhando quilômetros de mata fechada que separavam ela da casa de Dama da noite.Maria Navalha usava uma saia vermelha que desenhava seu corpo,uma camisa de botões brancos,o cabelo negro levemente ondulado na altura da cintura e trazia consigo na cabeça um chapéu panamá.

Era uma mulher deslumbrante,ela vinha mas não estava só,Rosa Vermelha e Menina estavam com ela a barra de sua saia arrastava no chão,os bordados vermelho rubro cintilavam no tecido vermelho escuro.Ela se sentou em um toco de madeira não por estar cansada mas queria pensar,Menina a encarava havia um ar de curiosidade em seu olhar.Navalha então olhou para ela e disse;

---Pergunte,vou sarar a sua curiosidade.

Menina era um mulher pequena de mais ou menos 1,50 e era extremamente perigosa,morreu aos dezesseis anos de idade mas em seu pouco tempo de vida comandou uma quadrilha de assaltantes,faziam emboscadas nas estradas do império.

Menina usava um vestido rosa claro com o busto em renda negra,ela girou e a sua saia rodopiou no ar e com um sorriso sínico no rosto perguntou;

---Me diga exatamente o que esta acontecendo.

Rosa Vermelha que estava em silêncio até o momento se pronunciou,com o seu cabelo avermelhado preso em um coque alto e com uma rosa presa na lateral de seu cabelo disse;

---Dama da Noite pretende fazer a ligação é um feitiço chamado roda das princesas.

Menina extremamente curiosa pergunta;

---Que mazela é essa de roda das princesas ?

Navalha explica;

---Há mil anos atras haviam mulheres poderosas na Europa,bruxas,elas já estão praticamente extintas mas deixaram um legado,elas cultuavam espíritos como nós,alinhando em círculos e assentamentos de espíritos,esses espíritos se tornam forte e os demônios se apartam deles,basicamente as princesas somos nós.

Rosa Vermelha então disse;

---O real motivo disto é que somos espíritos e precisamos nos manter aqui,porém,se a Dama Noite conjurar o feitiço nós seremos livres para todo sempre.

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Ele estava a caminho,era uma lufada de vento,era um desejo intenso,era Tranca Ruas,Ana Paulina o colocou a par de tudo sua mente se enuviava em emoções,lembranças.

Mulambo desceu todos os degraus da imensa escada que se situava a casa de Dama da Noite,seu coração estava quente, ela já previa quem estava chegando.

Ele chegou passou por ela e antes de subir os degraus da imensa escadaria beijou-lhe a testa e ela permaneceu imóvel e observando ele subir os degraus.

A brisa balançava os seus cabelos negros,ela então pôs as duas mãos sobre o peito e sentiu o peso das memórias.

Lentamente Sete Encruzilhadas se aproximou e com a voz em tom baixo ele perguntou;

---Tanto tempo se passou e você ainda está presa a ele.

A cada degrau que subia a esperança diminuía,ele iria ver Padilha era ela quem ele amava.

Olhando para o chão as lágrimas saiam de seus olhos,ela estava entregue aos próprios sentimentos.Então ela cantou.

---"Ah como é triste a gente amar alguém,e esse alguém não amar ninguém.Eu amei o sol,eu amei a Lua,na encruzilhada eu amei a seu Tranca Ruas."
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O caminho parecia mais longo, Figueira,já estava ficando impaciente com falatório de cigana,Lua Branca a tinha deixado alucinada mas Gira Mundo estava tentando convencer ela a não se envolver com o índio,ele temia que o rancor dos peles vermelhas recaísse sobre sua amiga Cigana Sarah.

Sete saias romântica como sempre encorajava a amiga a tentar qualquer forma de felicidade.Cainana e Lua Branca permaneceram na casa de Dona Alice,já Sete Saias, Figueira,Cigana e Gira Mundo estavam rumo a casa de Dama da Noite.

Passavam por um descampado,uma campina verde,mas havia alguém em pé sob a grama,era um terno negro,muito bem alinhado com abotoaduras douradas,com uma bengala de marfim nas mãos e o crânio reluzente,Cigana o conhecia bem e aquele homem que não possuia carne alguma ele era somente ossos,era perigoso demais para se confiar.

Figueira orientou que todos ficassem para trás enquanto ela ia até aquele homem saber se passariam em paz ou se pelejariam,se dirigindo a ele,ela disse;  

---Salve os que vem de longe e os que vem de perto.

Ele respondeu a saudação com um aceno de cabeça,se inclinou para ver cigana e então levantou a mão direita e a saudou dizendo;

---Shalam Xitana.

Cigana o olhou com uma certa ira e o respondeu;

---Que haja paz em seu coração João Caveira!

Cigana morreu quando atearam fogo no acampamento de sua família,morreu carbonizada.João das almas era o assasino de aluguel,pago para queimar os ciganos,agora ele se chamava João Caveira.Cigana estava diante do seu assassino.

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Desculpem a demora,voltarei a postar os capítulos com frequência.

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