Eu gosto mesmo dele!

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O segundo período começou e foi um período muito estranho. E ele mal me falava, estávamos ambos tao constrangidos um com o outro que não conseguíamos falar ou olhar um para o outro como deve ser, foi um período muito estranho.

Lembro-me do aniversario dele, na noite anterior andei a falar com todos que queria fazer-lhe uma surpresa, queria fazer uma mini festa de anos para lhe cantarmos os parabéns. Eu levei as velas, pedi ao avô da turma para levar um bolinho pequenino para ele comer, eu levei as velas e o guitarrista um isqueiro. Tudo aconteceu numa aula de matemática, eu pedi para todos estarem na sala mais cedo que ele e pedi a um dos melhores amigos dele o empatar depois do toque para dar tempo de todos la estarem. Fizemos a surpresa com sucesso, cantamos os parabéns, ele agradeceu, mas na hora do agradecimento só agradeceu ao avô da turma por ele ter levado o bolo, não me agradeceu por ter planeado tudo. Essa atitude fez me perceber que para ele já era só uma colega de turma, não era mais a mulher dele nem o "mor" dele senti que ele se estava a afastar-se de mim.

Lembro-me também de na brincadeira dizer-lhe que queria o divorcio e tal, meio que parecia que ele estava levar bem asserio, mas eu só estava a brincar com ele. Quando apercebi-me que ele ia aceitar o divorcio senti-me bué mal, bué triste eu ia perde-lo e eu não queria isso, então fui ter com ele e disse que estava a brincar e ficou tudo bem. Foi nesse momento que apercebi que gostava dele, que só de ter a sensação de que o estava a perder por causa de uma brincadeirinha estava matar-me por dentro, eu literalmente congelei por dentro não sabia o que se estava a passar, era como se uma parte de mim estivesse, sei lá, a ficar apavorada com a sensação de o perder. Então numa aula de EV ,no final do segundo período, nós estávamos a fazer uns trabalhos de desenhar a escola em vários ângulos e tal, e eu sentava-me na segunda fila a contar da janela e era a mesa na parede e ele sentava-se na terceira fila e o lugar dele era a penúltima mesa a contar da parede. Falávamos bué nas aulas, era eu ele o calculadora e a pacote de lenços, e para alem de falarmos ajudávamo-nos uns aos outros. Nessa aula decidi tomar coragem e contar-lhe o que sentia, então quando ele não estava no lugar eu pus um bilhete na mala a dizer "gosto de ti". Sim eu sei bué old school, but foi a única maneira que arranjei para lhe dizer sem ser por mensagem ou cara a cara.


21 JUNHO ( historia verídica )Where stories live. Discover now