Acidente

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17 de Outubro de 2018

Demi's Pov

Mais um dia comum para eu e a minha esposa, como uma empresária renomada eu sempre estou extremamente ocupada, mal tenho tempo de ficar com a minha família, mas o que posso fazer, é o meu trabalho.

Me visto em minha impecável roupa social preta e meus saltos, eu nem ficava tão alta com eles na verdade, tenho 1,61cm de altura então não influencia muito. Penteio meus longos cabelos para trás e em seguida os jogo para o lado direito com as mãos, faço uma maquiagem leve, mas acabo finalizando com um batom vermelho.

— Amor, Clara já está pronta.
Lauren fala sorridente entrando no quarto com a mais nova em seu colo.

Clara tem 5 anos, foi o resultado de um inseminação artificial que acabei convencendo Lauren a fazer, seus traços persianos era simplesmente a coisa mais linda nela, Clara é uma mini Lauren e eu agradeço a todos os deuses por isso, não queria que nossa filha se parecesse com o doador de esperma anônimo.

— Vem cá com a mama enquanto a mamãe termina de se arrumar.
Chamei a mais nova que prontamente esticou os bracinhos em minha direção.

— Mama, eu descobri o que a senhora e a mamãe fazem a noite, vocês brincam de luta não é? E a mamãe sempre se machuca porque ela chora.
Clara falou e eu a olhei sem entender, varri o olhar pelo quarto e parei em Lauren que estava envergonhada e só aí me dei conta do que a nossa filha estava falando.

Só aí fiquei na mesma situação de Lauren, eu certamente não tinha ideia do que dizer, nossa filha nos escutava transando a noite.

— Isso mesmo meu amor, é exatamente isso que a gente faz.
Falei e Lauren gargalhou, filha de uma sogra maravilhosa.

— Então a senhora pode parar de machucar a mamãe, eu não gosto disso mama.
Clara perguntou e eu assenti.

— Tudo bem meu amor, a mama para.
Lauren falou prendendo o riso, ah mas ela me paga.

Beijei o rosto de Clara e peguei minha bolsa, Lauren me acompanhou até o andar de baixo e logo em seguida fomos para o carro, coloquei Clara na cadeirinha e tive que dar meu celular para a menor já que ela não parava quieta, ela mesma colocou em um vídeo animado.

Lauren não trabalha desde que Clara nasceu, decidimos que ela se dedicaria completamente a nossa filha, antes ela trabalhava com DJ, não era grande coisa, nos conhecemos em uma boate e eu logo me senti atraída por ela, dois anos depois nos casamos, Lauren nunca foi interesseira sobre o meu dinheiro, eu simplesmente amava a simplicidade dela, como ela nunca me deixava pagar nada sozinha, mas eu sempre acabava dando um jeito de pagar fazendo ela ficar chateada, mas eu logo a ganhava com um beijo. Depois que Clara nasceu eu fiquei 3 vezes mais ocupada do que era antes, a empresa aumentou e eu simplesmente não tenho tempo para minha família.

— Chegamos bebê.
Falei e Clara me olhou de rabo de olho.

Um dos motivos da qual eu não gostava de dar meu celular a ela era que ela não o largava depois, dava o maior trabalho.

— Clara a mama precisa do celular e você precisa ir para a escola agora, tudo bem?
Sem muito esperneio, ela acabou me entregando o celular e então deixei ela na escola.

A escola de Clara não era muito longe da minha empresa, então não tardei a chegar lá.

— Bom dia senhorita Lovato.
Ally, minha assistente falou e eu apenas sorri.

Minha sala estava muito bem arrumada como sempre, todos sabiam o quanto eu odiava bagunça, meu celular começou a tocar e eu prontamente o atendi.

— Demetria Abedini falando.
Falei, eu costumava usar meu segundo sobrenome para atender meu telefone pessoal, Lauren adora marcar território.

Aqui é do hospital regional de Los Angeles, lamento informá-la que a senhora Lauren Parissa Lovato-Abedini sofreu um acidente, a senhora é alguma parente próxima?
Minhas pernas fraquejaram e eu assenti mesmo que a mulher do outro lado da linha não pudesse me ver.

— Sou esposa dela. Ela está bem?
Tentei manter a calma, mas era impossível, minha voz estava embargada.

Ela está na sala de cirurgia nesse momento e precisamos dos documentos da paciente, se a senhora puder comparecer aqui o mais rápido possível, ficaremos agradecidos.
Assenti novamente.

— Tudo bem, estou a caminho.
Respondi e encerrei a chamada.

Peguei minha bolsa a chave do meu carro, corri até o elevador, que levou anos para alcançar o andar subterrâneo do prédio, entrei no meu carro às pressas e iniciei uma chamada para Jill.

Jill falando.
A morena falou.

— Jill a Lauren sofreu um acidente, estou a caminho do hospital, por favor pegue a Clara no colégio para mim, estaremos no hospital regional.
Falei rápido.

Meu Deus, estou indo!
Jill respondeu e encerrou a chamada.

Deixei que algumas lágrimas caíssem durante o caminho, dirigia em alta velocidade, estava uma pilha de preocupação, esperava que estivesse tudo bem com ela.

Adentrei o hospital e andei rápido até a recepção.

— Bom dia, me chamo Demetria Lovato-Abedini, minha esposa fez um check in aqui, ela sofreu um acidente.
Falei nervosa e a recepcionista assentiu.

— Lauren Parissa Lovato-Abedini?
Ela perguntou e eu concordei.

— Ela está bem?
Perguntei aflita.

— Ela sofreu uma queda da escada de casa e bateu a cabeça no chão e-
A interrompi.

— Ela caiu da escada? Me disseram que ela estava em cirurgia?
Perguntei confusa.

— Me desculpe senhora, deve ter havido algum engano, a senhora Abedini não está em cirurgia. Pelo menos no sistema não consta isso, mas vou checar para ter certeza.
Ela falou e eu suspirei.

— Tudo bem.
Respondi.

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If These Walls Could Talk • LauremiOnde histórias criam vida. Descubra agora