Mark era o típico aluno nota dez na escola, tinha as melhores notas na sala, era considerado um aluno e tanto, querido pelos professores e invejado por alguns outros alunos de sua turma. Era um garoto completamente educado e estudioso aos olhos de quem visse. Odiava a superficialidade de todos a sua volta. Era definido todos os dias por uma palavra diferente, o nerd, o quieto demais, o apagado da turma. O Lee estava farto da sua vida escolar e a sua maior vontade era mandar todos daquela escola pro inferno,mas preferia dar orgulho ao seus pais e se esforçar para tirar pelo menos boas notas .
O canadense não sabia para onde ir com sua vida, mesmo que tivesse muitos interesses, todas pareciam fora de seu alcance. Pensamentos de alto piedade era tudo que passava pela sua mente. Não sabia como ir atrás dos seus sonhos, apesar de se esforçar no presente, fazia isso mais por obrigação que por vontade. Se sentia obrigado a falar, a andar, e seus destinos eram escolhidos por outra pessoa. .
Ele lia livros, sempre leu , era algo que o tirava de sua tristeza, era sua válvula de escape era onde ele podia só relaxar, ser o que ele quisesse. Ele se sentia só na escola,mesmo cercado de tantas pessoas, se cansava mais rápido, especialmente ao interagir com seus poucos colegas, nesse momento ele sentia saudade de sua cama, só em casa encontrava a paz que precisava.
Da mesma forma, sua interação com seus amigos era estranha, ele raramente iniciava conversas, e quando começava era pra alguma pergunta curta e simples.
Agora a aula de história era dada e muitos dormiam,enquanto isso Mark escrevia coisas em seu caderno,coisas que guardava dentro de si
Era estranho ter que escrever tudo o que achava de si em um papel.
Em como era a sua relação consigo mesmo. Era muito estranho. Não era como se aquele pedaço de papel estivesse interessado em lhe ouvir, era apenas sua obrigação escrever tudo aquilo.
Que engraçado, né?
Saber que assim que o professor lesse sobre todos aqueles sentimentos, no final seria como qualquer outro; não se importaria em lhe ouvir ou lhe perguntar se estava bem.
Mas não como uma pergunta retórica, e sim como se estivesse realmente preocupado em saber como estava se sentindo. Até porquê, todos recebemos perguntas retóricas.O professor apenas lhe daria uma nota.Mesmo que fosse uma nota baixa ou alta, não se importaria. Não faria diferença. Escreveu como se sentia. E era aquilo que ele queria, né?Apenas aquilo.Nada a mais, nada a menos.Não era como se os seus colegas, professores ou qualquer outro se importassem.Ninguém se importava. E ele já estava acostumado com aquilo.De qualquer forma, não estaria mais ali na próxima segunda, quando fosse rever aquele professor e as faces apáticas de seus colegas e amigos falsos.Afinal,Mark só achava engraçado o fato de que nem um pedaço de papel se importava em lhe ouvir.
