Não importava se o riacho era
raso ou não, eu mesma iria me afundar,
e iria ficar ali, apreciando as últimas bolhas de oxigênio saírem da minha boca.
Só mais alguns centímetros para eu estar
flutuando em meio a vegetação densa que iria me prender ali, não me deixando escapar.
Quando eu notei, uma mão calorosa me puxava
de volta, fazendo os dois cair na grama seca e espinhenta, quando olhei para trás, era tanto brilho que eu custava enxergar, a escuridão atrás da árvore espreitando, se desfez e foi embora, eu não sabia quem era, mas possuía uma voz doce e macia,
"Oque você tá fazendo ?"
Um moreno, com olhos castanhos, tão profundos que eu podia me perder neles, cabelo liso e bagunçado, um sorriso exuberante, como o alinhamento de milhares de estrelas em uma noite escura, confesso que quando toquei no chão, e nossas mãos se encontraram, achei que nasceriam flores de nós dois.
- o meu sol de primavera
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Honey
PoetryPor que insistimos em ficar com alguém que não amamos, é triste, é solitário e é depressivo. Eu estava certa disso, aquilo tinha que sumir, mas quando ele se foi ele levou a luz que me restava. Então em um dia ensolarado de primavera, eu vi o sol a...
