Cap.27

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Isadora

Pra minha infeliz sorte eu fui obrigada a pedir dinheiro pra Larissa, não pedi pra minha mãe pq seria humilhante demais. Fui pro otorrinolaringologista e o mesmo disse que o Otavio ta com adenoide e So vai poder voltar ao normal com uma cirurgia.

A cirurgia e simples, porém o simples custa caro. Qualquer cirurgia aliás e cara não adianta falar que não é. Estou na casa da Larissa enquanto as crianças estam na escola.

- eu não sei o que fazer- passo as mãos no cabelo com os olhos lacrimejando.

- eu ja disse que te dou esse dinheiro! Para de ser marrenta!- Larissa falou.

- não, vc não pode ficar toda hora me emprestando dinheiro. Não suporto isso de ficar pegando emprestado dinheiro que um dia eu nao vou consiguir pagar.

- eu não disse que te empresto, eu disse que eu te dou o dinheiro, e diferente.

- não Larissa. Não tem jeito, eu sou orgulhosa demais e também não vou pedir dinheiro pra minha mãe.

- so tem uma pessoa que tem a obrigação de te ajudar...

- quem Larissa? Quem? Ninguém pode me ajudar, SÓ Deus mesmo.

- o pai do otavio, vulgo dono do jacarezinho.

- nao, nem pensar. E perigoso ele pagar para matarem meu filho no meio da cirurgia.

- quem vai acabar matando o seu filho e você! Vc ta sendo egoista So pensando em você!

- egoísta? Eu to pensando o que e melhor pra eles.

- talvez o seu melhor não seja o melhor pro otavio. Ele pode desenvolver vários problemas de respiração sabia?

- eu sei mas...

- para cacete! Você precisa do KK aceita isso!

- ta. Vamos supor que eu faça isso, como eu vou chegar la?

- com as perna oxi!- Larissa diz e eu reviro os olhos.- eu te levo.

- ok. Vamos então. Não tenho outra saída mesmo.- isso foi mais uma pergunta do que uma afirmacao.

- nao, não tem. Ja que você não que o meu dinheiro.

- nao, sinto que tô abusando de você.

- ai, para de falar merda e vamo logo, daqui a pouco os meninos terminam a aula.

Pego minha bolsa e fomos pro carro. O caminho foi em silêncio, estava tentando pensar em uma forma de conseguir o dinheiro sem a ajuda do KK. Eu nem sei se vou voltar viva pra começo de conversa.

-Chegamos, eu te espero aqui pra não esbarrar em pessoas desagradáveis- Larissa diz e eu a entendo completamente, se não fosse caso de necessidade nem aqui eu pisava.

- ok. Eu consigo- digo pra mim mesma e vou pra entrada.

- ei, Ei, tu não é aquela Isadora, filha da dona da rocinha?- um vapor que tava na contenção me para.

X-9 NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora