Times Square Sky Room-Bar, NY
Lexie Castillo
Preciso assumir que antes de chegar aqui, estava extremamente nervosa sobre como seria a noite. Isso me rendeu horas procurando pela roupa, pelo salto e pela maquiagem adequada. Eu ainda não tenho certeza se me encaixo nesse lugar ou sequer com essas pessoas.
Posicionei a bebida azul que estava em minha mão na mesa de centro, e levantei o olhar encarando todos a minha volta.Primeiro Noah, que sentado do meu lado esquerdo no sofá contava algo engraçado do seu dia. Nessas últimas 24 horas, ele foi o mais empenhado em me conhecer e fez questão de se aproximar e ser gentil. Seus cabelos e olhos escuros, bem como, as diversas tatuagens pelo seu corpo não negam seu ar descontraído e cai bem com seu estilo de baterista.
Virei a cabeça para meu outro lado, direcionando meu olhar até a loira de olhos azuis sentada ao meu lado direito. Mia Collins. Desde o meu jantar, na noite de ontem, está sendo muito simpática comigo e fazendo questão de me inserir na conversa. Todavia, posso sentir que algo a incomoda. Ainda não me decidi se é a minha presença ou a de algum dos meninos. Poderia dizer que ela é um pouco reservada. Digo isso ao reparar nas suas roupas, no tom de voz e principalmente por não está bebendo. O que ela fazia em um bar afinal?
Pouco poderia dizer sobre os quatro rapazes sentados a minha frente que comiam um chicken quesadilla e nachos.
Travis competia com Noah sobre quem conseguia ser o mais engraçado. Ambos me fizeram rir desde o instante que botei meus pés nesse ambiente.
Scott é, de longe, o mais maduro de todos eles. Sendo o mais velho com 29 anos e o responsável financeiro, consegue encaixar uma estatística ou uma probabilidade em todas as suas falas.
Kapel. Eu ainda não havia me decidido se gostava ou não dele. Um dj famoso que trabalhou com o O'donnell em algumas músicas. Só sabia falar de mulheres e dos seus carros. Não é nem da equipe, porque diabos ele estava aqui? Tecnicamente, eu também não sou, então apenas ignoro esse pensamento.E bom, Jackson O'donnell . Não havia muito o que falar. Arrogante e prepotente mas bom argumentador em suas falas. Não tentava ser engraçado ou simpático, apenas analisava ao redor com muita cautela. No final das contas, só o acho um grande esnobe que mudou depois da fama.
Não que tivéssemos tido muito contato quando passei uns dias com ele e com meu pai há 5 anos. Mas posso me lembrar que ao contrário desse cara cheio de si na minha frente, havia um adolescente de 17 anos que acabara de entrar nessa indústria da música e carregava um sorriso para todos os lados.- Lexie, você está me ouvindo? - Noah interrompeu meus pensamentos.
- Desculpe. Não - Admiti. - O que estava dizendo?
- Perguntei se já conheceu algum dos jogadores de futebol colombianos? - Noah me encarava com suas íris escuras. Deus, mal podia ver suas pupilas.
- Acho que só o goleiro.-afirmei. - De todo jeito, você não deve saber quem é. - dei de ombros
- Camilo Vargas. - O'donnell respondeu debochado e tomou um gole de sua cerveja, olhando em minha direção.
- Não sabia que apreciavam o soccer. Achei que o lance dos americanos fosse apenas football. - comentei e Jackson revirou os olhos, sem ao menos me responder.
- E onde conheceu o goleiro? - Scott indagou e peguei minha bebida para dar mais um gole.
- Bom, ele é meu primo distante, então vez ou outra aparecia nos encontros de família. É até legal conhecer alguém que joga no time principal da sua seleção. Nas partidas, tínhamos todas aquelas entradas para áreas especiais e acentos bem localizados.
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Opia
RomanceOpia: A intensidade ambígua de olhar alguém nos olhos, e sentir-se simultaneamente invasivo e vulnerável.