O silêncio na casa era reconfortante, assim como o calor do corpo repousando tranquilamente ao seu lado. Naquela manhã a temperatura estava baixa, diferente dos últimos dias em Daegu, onde o sol deixava os passeios ao parque mais agradáveis e divertidos. JongHyun debruçou-se devagar sobre a cama e observou o homem de cabelos negros respirar calmamente. Ele amava como o rosto do marido era simétrico, delicado e lindo. Havia se tornado um costume particular acordar antes de Choi MinKi e admirá-lo dormir.
Quase que hipnotizado pelos traços do outro, JongHyun não chegou a perceber quando o Choi moveu a mão sorrateiramente por baixo do cobertor em direção ao corpo alheio. O Kim estava perdido em pensamentos, imaginando como o moreno conseguia manter-se tão calmo mesmo trabalhando em meio a tanta insanidade.
— Por que me olha tanto? — MinKi perguntou baixo com a voz rouca, mantendo os olhos fechados enquanto a sua mão repousava sobre a coxa do outro.
Um sorriso pequeno brotou nos lábios de JongHyun, antes de respondê-lo:
— Gosto de te ver dormindo, parece que você está em paz.
— Eu não pareço em paz quando estou acordado? — novamente perguntou, enquanto abria os olhos e fitava-o de modo divertido.
— Acho que não pude analisar isso, seu celular não para de tocar quando estamos juntos e sozinhos — retrucou, ainda ressentido pelo aparelho eletrônico do Choi ter tocado na noite anterior, cortando todo o clima romântico que o Kim havia criado.
— Sinto muito por ontem, na próxima vez vou colocá-lo no silencioso.
— E quem disse que vai ter uma próxima vez? — questionou, erguendo sutilmente uma das sobrancelhas.
— Ya! Pare de ser mal comigo — reclamou, deixando um tapa fraco na coxa do outro.
— Não posso reclamar muito, afinal você trabalha em um hospício — disse, deitando e afundando o rosto no travesseiro.
— Mas pense positivo, sou o melhor psiquiatra de lá — falou, aproximando-se de JongHyun para abraçá-lo pela cintura.
— Isso era para me acalmar? Porque não funcionou — disse com a voz abafada. — Esse emprego é perigoso, fico preocupado quando você vai lá — confidencia, olhando para o rosto amassado porém bonito do marido.
— Aquele lugar é totalmente seguro, não tem como nada acontecer comigo — disse, aproximando-se mais do corpo do maior.
JongHyun tentou se tranquilizar, acreditando nas palavras de MinKi, mas os dois sabiam que essa não era exatamente a verdade. Passaram algum tempo em completo silêncio, somente sentindo o calor dos corpos misturarem-se e a respiração lenta de ambos tornarem-se ruídos que não eram incômodos.
Por mais que Choi MinKi afirmasse que o lugar onde trabalhava era seguro e que as possibilidades de algo acontecer exatamente com ele fossem baixas, JongHyun não conseguia parar de se preocupar, afinal, o amava mais do que a si mesmo. E secretamente, o Kim achava que hospital psiquiátrico era um nome “bonitinho” que deram para denominar hospício.
Enquanto os minutos passavam, mais e mais coisas surgiam na mente do mais velho: loucos, assassinos, perseguidores, psicopatas… Era certo que ele jamais ficaria tranquilo ao saber que o marido diariamente comparecia a um lugar com pessoas daquele tipo.
— Acho melhor levantarmos ou vamos nos atrasar — JongHyun disse repentinamente, tentando interromper a corrente de pensamentos ruins.
— Queria ficar assim com você por mais tempo — resmungou o Choi, soltando-se relutante do corpo alheio para sentar sobre o colchão macio, alongando os braços em seguida.
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In The Name Of Love
FanfictionKim JongHyun conseguiu um novo caso para investigar como jornalista, apenas uma denuncia sobre uma possível fraude que deveria ser revelada e punida. Choi MinKi era seu marido, mas também era psiquiatra em um hospício de Daegu. Ambos se amavam e dia...