Estava tudo calmo em casa, o que era um milagre já que mamãe aproveita cada minuto do seu dia de folga. Estava de baixo do meu grosso cobertor pensando seriamente em não ir a escola quando meus sonho de silêncio é despedaçado.
- Eloise Carter Jonhson, está na hora de levantar, não criei filha pra dormir até às 10 horas da manhã.
Apresento-lhes mundo Anna Carter "ex Jonhson", sim ex até porque meus pais se divorciaram quando eu tinha cinco anos. Meu pai o contador Arthur Jonhson, hoje tem outra família e outro filho, minha mãe tem a mim. Eloisa Carter "ainda e para sempre" Jonhson, tenho 17 anos, estou no último ano do ensino médio e não tenho amigos. Pois na minha escola sou conhecida como monstrinho. Graças a Olívia Bitencourt minha ex melhor amiga de infância, que cresceu alguns muitos centímetros para todos os lados se é que me entende. Olívia é alta, loira ou ruiva depende do seu humor e da paciência que ela tem em pintar os cabelos longos, quadril largo, peito proporcional tudo que um garoto do ensino médio quer para fazer homenagem. (Há foi mal, mais eu sou fiel com as palavras e sei bem o que os garotos pensam quando vêem Olívia). Eles pensam aquilo que completamente não vêem em mim. Diferente de Olívia que é toda proporcional eu sou toda demais. Eu tenho 1,75 de altura, seios grandes demais, quadril largo demais e uma pele branca demais. Sem falar nos indescritíveis olhos azuis que também são azuis demais. Tenho cabelos abaixo do ombro castanhos escuros que herdei de mamãe, além dos olhos lógico, sou quase uma cópia fiel de minha mãe.
- Dona Anna Carter, ainda são 06 da manhã e não 10. Eu resmunguei embaixo do meu cobertor.
- Eu sei filha, mais você tem que ir pro colégio. E já está na hora dos seu remédio da manhã. Sim mundo eu tomava remédios de manhã, de tarde e de noite. Porque? Eu era doente, sim, doente ou como os médicos salientavam sempre, frágil de saúde.
- Tá mãe me dá uns minutinhos que eu vou tomar um banho e trocar de roupa e já desço.
- Eu fiz panquecas com suco de uva. É a sua comida favorita. Ela diz orgulhosa, mamãe é enfermeira e desde que descobriu que eu sou doente ela me trata como uma criança, eu que tenho que lembrar a ela que ela precisa ir com calma.
- É sim mãe. Eu sorri e a vi beijar o topo da minha cabeça e ir em direção a porta.
Ela saiu, eu levantei totalmente a contragosto, fui em direção ao meu banheiro, escovei os dentes. Resolvi não molhar meus cabelos, eles demoravam demais para secar. Fiz minha higiene íntimas e encarei o guarda roupa. Eu odiava a escola, meu corpo, meu rosto, então sempre os escondia. Coloquei a minha famosa calça jeans Skinner, All Start preto e uma blusa azul marinho, sem esquecer lógico do meu casaco preto com capuz, peguei a minha bolsa, dei uma última checada e fui em direção a cozinha. Ao chegar lá a mesa estava posta, como todo dia eu mal comi, não tenho fome a essa hora da manhã. Tomei o suco pra dona Anna não reclamar mais e depois fui em direção a armário dos remédios. Eu já estava tão acostumada com isso que se me pusessem uma venda nos olhos eu ainda tomaria o remédio certo.
"Agora me deixem explicar, eu sou doente e tomo remédios desde os meu seis anos. Quando em uma consulta com a pediatra de rotina ela notou que eu estava anêmica demais, pediu um exame de sangue e constatou que eu tinha leucemia, sim câncer no sangue, mais vamos com calma, não precisam ficar com pena nem nada. Desde os meus dez anos a leucemia estagnou no meu organismo, foi como se ela quisesse que eu tivesse alguns anos a mais. Estou conformada com isso. Nem ligo mais. Mais existe um porém, ninguém sabe disso, só meus pais e meu diário. Que é meu fiel escudeiro no dia a dia. Ninguém nunca o lê, só eu sei o que contém nas suas páginas. Talvez transforme ele em um livro no futuro, se eu tiver futuro. "
Dou um beijo em minha mãe e saiu em direção ao ponto de ônibus da escola. Sim, por conta da doença minha mãe morre de medo que eu dirija meu próprio carro. Então eu pego o ônibus da escola e creio ser a única menina no ensino médio que faz isso ainda. Eu o vejo grande, amarelo e chamativo, isso era uma vergonha, mais eu não aguentaria ir a pé então, que opção eu tinha.
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Volta às aulas e eu já estou de pé para correr são exatamente 05:30 da manhã e eu tenho que me exercitar para continuar garantindo a minha bolsa da faculdade. Bem, eu me chamo Evan Dixon Smitch, estou no último ano do ensino médio e sou jogador de futebol pelos Lions, o time da escola. Eu namorava Olívia Bitencourt até ontem, quando ele decidiu retornar as aulas solteira, bem Olívia era extremamente arrogante e eu até achei estranho ela não ter terminado comigo por telefone, mais fazer o que, só aceitei. Sei que garotas para mim não é problema. Eu posso ter qualquer uma que eu quiser, vale salientar. Porém nunca prometi nada a nenhuma garota com quem sai, meu lance com a Olívia foi só sabe, carnal. Ela é gostosa, eu sou popular bingo. O casal do ano. Mais agora que acabou pronto vamos partir para outra.
- Mãe tô indo correr. Moro com meus pais que só vivem brigando, eu nunca torço pra que algum casal se separar tão rápido quanto os meus pais. Já estava ficando insuportável.
- Ok Evan. Olhe a hora para não perder aula.
E foi assim que eu saí. Corri pelo quarteirão inteiro, algumas casas já estavam com as janelas das cozinhas abertas. Eu moro em um complexo de casas próximo ao rio que temos no estado, na verdade creio que todos os jovens do ensino médio moram. Passei por uma casa que estava tocando Bee Gees muito alto. Nossa que louca e eu digo louca porque sei que quem mora nessa casa são só duas mulheres. Mãe e filha, dona Anna e Eloise Carter. Moramos no mesmo quarteirão a anos. Eu nunca falei com ela. Voltei para casa, tomei um banho, troquei de roupa, sem esquecer a jaqueta do time. Desci para a cozinha, tomei meu café e fui em direção ao meu carro. Entrei respirei fundo afinal tudo iria começar de novo e sai. Estava passando em frente ao ponto de ônibus que as crianças pegam para ir a escola quando eu a vejo.
- Quem pega ônibus escolar estando no ensino médio. Eu penso.
Bem passo direto não falo com ela e ela não parece querer ter amigos. Assim vou em direção a escola. Cantando junto com meu rádio.
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O Diário de Elli
RomanceEloise Carter Jonhson é uma menina com seus 17 anos de idade e está no último ano do ensino médio. Elli como é conhecida por sua mãe nunca foi muito sociável no colégio, sofria bulling constante de todos que a chamavam de Elli monstra. Ela não achav...