Capítulo 1

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O som das sirenes das ambulâncias rasgava o silêncio da monótona pista. Taehyung desceu do carro enquanto corria para abraçar a senhora Park, tentando acalma-la, mesmo que ele nem soubesse o que se passava ali

Aproximava-se um oficial da polícia e este disse:

- Senhora , mãe do garoto ferido?

- Sim, eu mesma - Falou afastando-se do abraço de Taehyung.

- Pode me dizer se seu filho costuma ingerir bebida alcoólica ou se quando saiu estava bêbado?

- Não, não, Jimin é um menino de ouro não tem esse costume.

- Entendo... - Anotou algo na prancheta - Sabe se há alguma coisa a mais que ele usa?

- O senhor está tentando culpar meu filho? - Ela disse fazendo o tom de revolta soar em mais alto em sua voz

- Não, senhora, é que aqui é tão calmo não é fácil se acidentar sozinho...

- Pois escute aqui seu- - Ela tentou balbuciar algo, mas Kim a deteu e pediu que ela fosse ver Jimin

- Eu sou Kim Taehyung, amigo de Jimin - Ele ofereceu um aperto de mão ao oficial, mas este foi ignorado de forma arrogante pelo mais velho - Eu prefiro responder pela senhora mãe do meu amigo.

Taehyung respondeu por alguns longos minutos as perguntas do policial sobre a vida de Jimin. "Você sabe o motivo da pressa que ele tinha?" . "Não, sinto muito"

Quando ouviu o som da ambulância partindo, o jovem de cabelos vermelhos correu para carro e seguiu o caminho para o hospital
Não demorou muito para que chegasse lá. Desceu do carro, a chuva molhava seus cabelos deixando-o com um ar mais sexy do que já possuía, o que havia deixado todas as enfermeiras próximas desconcertadas mesmo que não fosse sua intenção. Entrou e perguntou por Park, mas foi informando de que ainda não havia cadastro do garoto.

Sentou-se na sala de espera. Tratou de avisar seus amigos e até a família de Jimin, já que a mãe do rapaz não aparecera para cumprir tal tarefa.
Mais tarde Kim, adormeceu na cadeira sem querer, foi acordado por uma infermeira, e talvez por uma dor no pescoço, avisando que Jimin já estava no quarto.
Taehyung levantou ansioso e foi procurar o amigo. Andou por vários corredores chegando a achar que estava perdido, mesmo que olhasse o número do quarto, tudo ainda parecia confuso. Foi de repente que olhou pela janela de um quarto e pode ver Jimin deitado e adormecido. Não teve presa ao abrir a porta e ir até o garoto.

Debruçou-se na cama de Jimin e olhou o dormindo, a face pálida tornava-o levemente parecido com uma versão masculina de branca de neve, pois além da pele também tinha os cabelos em um tom negro, mas Taehyung não gostou de pensar nisso, queria as bochechas coradas do melhor amigose volta.

A porta abriu devagar. Era o médico de Jimin. Não tinha cara de quem trazia boas notícias, mas ainda assim Taehyung tentou encontrar esperança em si para acreditar que o que lhe seria dito era tão bom quanto ganhar na loteria.

- Talvez ele não acorde - O doutor disse de forma rápida

- O-quê? Não, não pode ser, ele vai acordar sim

- Eu sou forçado a incentivar meus pacientes a acreditar no melhor, mas sabe, temos que ser realista também.

Taehyung tentava lidar com o baque que levara, mas era tão difícil. Não queria demonstrar o choque, mesmo assim não se conteve quando se sentou na cadeira ao lado da cama e começou a chorar desesperadamente.

Seu problema era que não podia suportar a ideia de perder seu melhor amigo, não conseguia.

- Aguente um pouco, você ainda precisa contar para a mãe dele - Ao dizer isso tratou de sair do quarto bem rápido, como se sentisse medo da reação do garoto.

Kim demonstrou uma impressão incrédula. Seria a coisa mais difícil do mundo fazer isso. Jurou a si mesmo que quando Jimin melhorasse, processaria o hospital por tal atitude. Não era certo jogar essa responsabilidade sobre ele, que agora estava emocionalmente instável.

Bateu na porta alguém, e ele um tanto sem ar pediu que entrasse. Entram quatros garotos, porém isso estranhou Taehyung por um momento, porque dos 7 que eram, 6 estavam ali, contando com ele e Jimin. Ainda faltava alguém. O sentimento passou dando lugar para o desespero tornar a agir.

- Hyungs... - O mais velho deles correu a abraçou Taehyung, tentando conter as lágrimas para não disseminar o pânico. - Talvez ele não acorde...

Todos tinham os olhares sérios voltados para o garoto. Tentavam se manter calmos, mais nervosismo não era o que precisavam agora.

- Quando eu ver o Jeon, prometo que vou mata-lo! - O de cabelos mentolados mais ao fundo bradou quebrando o silêncio da sala e esmurrando a porta.

- Yoongi, calado, você não vai matar ninguém! Não queremos mais tragédias agora, queremos? - O que estava abraçado a Taehyung correu e agarrou-o pela camiseta dando-lhe um forte chacoalhão, chamou a atenção Min que apenas negou com a cabeça para responder a pergunta.

- Não podemos culpar Jungkook por isso, Yoongi hyung, ele com certeza não queria isso - O garoto de nome Hoseok disse dirigindo-se ao garoto tentando não soar tão irritado como Seokjin.

O clima pesado na sala fazia a situação parecer agoniante. Ninguém ter coragem de dizer alguma coisa mostrava o quão abalados estavam. Os olhares rígidos em direção ao chão ou ao teto pareciam pedir por respostas a alguma força divina que acreditassem. No peito os corações partidos traziam uma dor latejante. A indecisão sobre como seguir depois do que lhes foi contando ainda era tão presente em suas mentes.

- E agora? - Um dos cabelos vermelho perguntou

- Nós... - Namjoon, o que até agora não tinha coragem de dizer nada, começou uma fala pausada - Nós vamos descobrir o que fazer, dongsaeng.

- O que houve?

Uma voz surgiu na porta. Todos olharam surpresos para o semblante jovem que surgira. Jungkook, tinha a expressão perplexa. Via seus hyung com os rostos tristes olhando-o, mas não entendia. A caminho do hospital pensou estivesse tudo bem e que não era tão grave, mas se enganara terrivelmente. Mirou Jimin na cama e seu choque foi tamanho que por um instante perdeu o ar.

- Vão me explicar ou não?

Memories of the PastOnde histórias criam vida. Descubra agora