Em Nome Do Amor

Capítulo Três

•Agda

Hoje, mais do que nunca eu tenho plena convicção de que odeio minha vida. E mais do que tudo, eu odeio a Inglaterra! Odeio esse país e esse principezinho de bosta!
Minha vida estava melhorando muito com o passar do tempo! Em dois nesses eu consegui uma casa, alimento garantido, roupas e um amor! Mas agora, tenho que disfarçar meu ciúmes desse maldito.
E eu sinto, ela está gostando de todo esse cortejo que ele faz pra ela!

É horrível não poder perder a impassibilidade diante dessa situação! Sabe, amar é a melhor e a pior coisa que eu fiz. Amar Catarina me fez sentir medo e desejos ocultos que eu não tinha conhecimento, mas também me fez sentir grande de novo! Mas e agora? O que eu vou pensar agora?
Depois que o jantar acabou e nós fomos pro quarto e Catarina me chamou pra conversar.

- Sabe, acho que tenho más notícias! - eu peguei em suas mãos.

- Como assim?

- Vamos perder a coroação do seu irmão! Por algum motivo, o reino teve que adiantar o evento!

O rosto dela se fechou um pouco, mas ela ainda estava com a expressão de quando quer me contar algo.

- Agui, você sabe como o reino está e sabe que a situação não é afável! E que provavelmente terei que casar com algum rei que meu pai queira que fazer uma aliança!

- Por que disso? Abandona tudo isso e foge comigo! Você sabe que eu posso te dar uma vida boa! Não tão boa quanto essa, mas eu juro que.... - eu estendi minha mão pra ela. - não vai faltar amor!

- E podemos ter um gatinho? - ela sentou na cama.

- Mais de um se você quiser! - eu a acompanhei.

- E moraríamos numa casa aconchegante no meu reino?

- E você vai ser a rainha da nossa casa! E eu vou te tratar como uma rainha é tratada!

- Isso tudo parece incrível...

A cada coisa que ela perguntava, uma pontinha de esperança crescia no meu peito! "Ela vai me escolher, ela vai abandonar esse mundo por mim!"

- Mas infelizmente eu não posso fazer isso! Bom, pelo menos não agora! - Catarina me respondeu soltando a mão da minha.

- POR QUÊ? - eu gritei

- PORQUE EU TENHO DEVERES A CUMPRIR! - ela gritou de volta. - Eu tenho um sobrenome a honrar! Tenho deveres com o meu povo e com a minha família!

Lágrimas caíram de nossos rostos ao mesmo tempo. Eu consegui sentir a dor em cada palavra dela. Sei que ela não queria ter dito isso. Sei que ela se sente na obrigação de ajudar, mas não consigo aceitar que ela não vai ficar comigo se tiver que escolher!

- Então... Se você tiver que escolher, vai me descartar? - eu tentei me fazer de forte .

- Não! Isso nunca! Eu só quero que você entenda que eu não posso largar tudo pra ficar com você, não agora! - ela passou a mão no meu rosto pra tentar me fazer um carinho, mas eu não deixei.

- Compreendi! - eu disse num tom frio.

- Mas não vamos nos prender a isso agora amor! - ela pegou no meu rosto. - Eu não vou deixar você!