A Noiva

Capitulo 2

// Eduard na Capa//

Atualmente

À campainha tocou, e junto com o som estridente veio o desperto de Ally.

-rápido querida- disse Tereza- eles chegaram.

O sala de jantar da casa dos Vangogue era tão grande quanto um salão de festas, era decorada em tons de bege e dourado. A mesa estava posta e recheada, o grande Peru assado estava no centro chamando toda atenção.

-Sejam Bem-Vindos- saudaram os Vangogue.

Ally tinha as mãos trêmulas, que estavam levemente roxeadas, combinando com seu vestido curto e seu esmalte fresco. Seus olhos rodearam a cena de seus pais cumprimentando o casal a sua frente, e logo atrás Eduard acompanhado por Melissa, sua irmã.

A menina de 6 anos, jogou os cabelos pra trás e foi em direção à mesa, ajeitando seu vestido rosado e sua tiara de flores, sentou-se emburrada e ali ficou.

-olá- disse Eduard- você está linda Ally- disse beijando as mãos trêmulas da moça.

-olá Eduard, igualmente- sorriu.

-como está indo?-

-ah estou bem- respondeu Ally sem humor.

-minha irmã está emburrada- riu- olhe lá, tudo isso porque pedi um tempinho pra falar com você.

-crianças são mesmo uma graça- completou Ally.

Todos se sentaram à mesa, enquanto serviam-se as taças, Davis contava para Jacob- pai de Ally- sobre o desenvolvimento do novo hospital construído nas redondezas.

A família Sullivan era responsável por uma grande rede de hospitais e clínicas médicas. Recentemente estavam planejando investir em algo grande, como um hospital especializado em doenças crônicas.

-será aberto logo após o casamento dos dois- disse Davis confiante- algumas empresas já assinaram parcerias e em breve poderemos atender os casos mais raros de câncer aos mais raros de diabetes, Aids e por aí vai.

-excelente, as encomendas já foram feitas, contamos com o investimento desse contrato- disse Jacob.

Enquanto isso, Ally olhava atenta para George, o menino ruivo secava as taças de forma tão graciosa e elegante, tão descontraído, e ela sabia muito bem o quão macias eram aquelas mãos.

-você não parece estar interessada nos negócios de família- comentou Eduard.

-realmente, não quero ir para área farmacêutica- exclamou Ally, quase como um sussurro.

A família Vangogue era responsável por uma indústria farmacêutica, eles produziam remédios de várias categorias, inclusive, o projeto era criar uma pílula capaz de controlar os efeitos do câncer. E todo esse projeto precisava de um investidor, capaz de financiar os gastos e comprar o resultado final.

Embora a exportação fosse o ponto forte da empresa, na área só havia os Sullivan, e ele não era tão fácil assim de convencer.

-infelizmente, eu não fugi da medicina- Eduard levantou os ombros- aliás, o que você pretende cursar?

-É uma decisão complicada- foi a única coisa que Ally conseguiu responder antes de ser interrompida pela voz da mãe.

-Alguém gostaria de mais uma rodada de vinho- disse Tereza levantando a taça, e logo foi acompanhada pelo resto da mesa.

Os olhos de Ally pararam ao ver George se aproximando da mesa, em suas mãos havia uma garrafa grande e larga que parecia estar bem pesada.

-ela não bebe- disse Eduard ao ver George pronto para servir vinho a taça de Ally.