Stripper ☑ [todobakudeku]

call me oppa

       Izuku dava os últimos toques em seu cabelo esverdeado, formando um perfeito contraste com seus olhos da mesma cor; abusou mais um pouco do perfume importado, quantidade o suficiente para que não ficasse enjoativo. Deu mais uma olhada pelo espelho e saiu descendo as escadas, rumo em direção à sala onde Uraraka o esperava sem um pingo de paciência.

- Finalmente a princesa terminou de se aprontar! – Disse a garota se levantando do sofá ao mesmo tempo em que ajeitava sua saia.

- Ah, cale a boca! Vamos logo ou iremos nos atrasar. – Izuku foi até o chaveiro pegando a chave do apartamento, não sairia de carro naquela noite, possivelmente beberia e não queria bater em algum poste ou se envolver em acidentes mais graves. Queria aprontar, mas não pôr sua vida em risco.

- Eu me atrasar? Não fui eu quem demorou duas horas no banheiro passando loção no corpo! – Uraraka disse com as sobrancelhas juntas, tentando mostrar algum indicio de que sentia raiva, porém, sua risada logo veio à tona, contagiando o próprio Izuku.

- Só assim eu consigo manter minha pele de seda sempre macia e cheirosa! Quer sentir? – Meteu o braço no rosto da menina, obrigando-a a sentir o aroma da loção de morango impregnada em sua pele.

- Tira daqui! – Desviou a cabeça do rumo do braço do esverdeado e direcionou seus passos até a porta de entrada do apartamento, esperando Izuku achar seu celular e carteira para então irem embora. – Deku-kun, ali no sofá. – Apontou com a própria cabeça, onde estavam o que o menino procurava jogados sem cuidado.

Midoriya pegou suas coisas e enfiou no bolso traseiro da calça, puxando a morena para fora do apartamento. Eles iam para uma boate super disputada, onde esperaram por semanas na fila para conseguirem comprar os ingressos para entrarem, não era uma festa qualquer e os dois estavam atrasados. Izuku aproveitou-se disso e dedicou-se ao máximo para ficar muito bem arrumado, estava na seca há tanto tempo que nem se lembrava ao menos quando fora sua última foda.

- Vou voltar a passar o rodo em geral como fazia no colégio, escreva isso, Uraraka. Você vai ver só. – E então ele foi direto para frente do prédio para esperar o táxi que havia chamado.

- Ah, eu duvido! Você ta mais seco que o deserto do Saara, Deku-kun!

O esverdeado rolou os olhos com o comentário, passando um dos braços sobre os ombros da amiga, numa silenciosa provocação.

[...]

Não demoraram em chegar em seu destino. Tudo era extremamente organizado e chique, mas não o suficiente para deixá-los com uma sensação de estarem deslocados. Como ambos já estavam com as pulseiras que permitiam a entrada, nem entraram pela fila enorme que havia se formado na frente da portaria da boate. Uraraka fez questão de sambar na cara dos babacas parados do lado de fora, e o esverdeado fizera o mesmo.

Foi inevitável o sorriso dos jovens assim que entraram. Izuku amava as luzes coloridas, o cheiro da bebida alcoólica e os corpos das pessoas entrando em estado de fusão. Amava de verdade tudo aquilo.

- Irei me atolar no álcool hoje, e não ouse me impedir! – A morena falou alto, já indo em direção ao barzinho no canto do local.

- Está brincando? Eu vou me atolar junto! – Izuku revidou no mesmo tom, sorrindo ainda mais ao ouvir a música que começou a tocar. – Eu amo essa música! C-R-A-Z-Y... – Cantou o refrão e parou apenas porque havia chegado ao bar. Não há mal algum em se embriagar de vez em quando, e Izuku gostaria de fazer isso até chegar ao ponto de ser carregado na volta para casa (o que possivelmente aconteceria). Pediu uma bebida colorida qualquer e se sentou no banco ao lado do seu único conhecido dentro do estabelecimento, aparentemente.