IV

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Raquel- Porque está me ajudando?

Otávio- Eu ajudaria qualquer aluno meu que estivesse no mesmo estado que você.

Raquel- Então você não está me ajudando por ser eu? Tá me ajudando como ajudaria qualquer outro aluno?

Otávio- Exatamente.

Raquel- Af, como eu sou burra. Para esse carro aí agora!

Otávio- Porque?

Raquel- Eu quero descer, para agora.

Otávio- Não, sossega Raquel. Eu vou te deixar na sua casa, e não nessa rua deserta, sozinha.

Raquel- Você não é nada meu, não precisa ficar se preocupando comigo.

Otávio- Não deveria me preocupar mesmo não, porém eu me preocupo, então deixa de ser teimosa, eu não vou te deixar descer.

Raquel- Cara eu não entendo você, quando você me chamou pra conversar na sala hoje cedo parecia que queria me manter longe, e agora está parecendo que quer me manter por perto.

...

Já chegamos e ele ainda não falou nada, encostou o carro em frente o portão do prédio e permanecemos em silêncio.

Otávio- Olha, eu vou ser bem sincero, a minha intenção era manter você o mais longe possível de mim, mas quando me ligou, eu só peguei a chave do carro e vim atrás de você sem nem pensar duas vezes. - falou em voz baixa, quebrando o silêncio.

Raquel- Ok né, Entendi!- falei toda sem graça.

Otávio- Você acha mesmo que eu faria isso por qualquer aluna? Claro que não, só estou aqui por você.- falou meio envergonhado.

Raquel- Então eu fui a única que teve o privilégio da sua companhia fora da escola?

Otávio- Isso, digamos que sim.

Raquel- Nossa, até me senti importante agora.

Ele sorriu e eu fiquei paralisada olhando, PUTA MERDA, QUE SORRISO LINDO!

Raquel- Hein, agora eu tenho que ir, minha tia deve estar me esperando acordada até agora.

Otávio- Vai lá, até amanhã.

Ficamos nos olhando até que eu decidi me despedir de vez.

Raquel- Tá, tô indo.

Me aproximei pra dar um beijo na bochecha dele e o clima meio que ficou tenso, quase nos beijamos porém na hora ele se esquivou e o beijo foi no canto da boca. Sai do carro vermelha de tão envergonhada.
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Entrei no prédio e esperei o elevador descer. Eu moro no sexto andar, então descer pela escada é fácil, subir que é o difícil.

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Tentei entrar o mais devagar  possível, porém, acabei acordando minha tia, que estava dormindo no sofá, com certeza me esperando.

Sophie- Oi meu amor, que bom que você chegou. Como foi a festa?

Raquel- A festa foi boa tia, mas depois foi melhor ainda.

Sophie- Que?

Raquel- Nada. Vai pro seu quarto e volta a dormir que eu vou pro meu tomar um banho e fazer o mesmo.

Sophie- Tá bom, amanhã conversamos, boa noite minha linda!

Raquel- Boa noite tia!!

Entrei no meu quarto, fui direto pro banheiro, tomei em banho, vesti um pijaminha bem quente porque hoje está um pouco frio, e logo após deitei...

Em menos de 5 minutos deitada eu já tinha apagado...

Querido, professor!Onde histórias criam vida. Descubra agora