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Em uma sala com apenas uma máquina, se encontravam duas pessoas.

-Tem Certeza que quer isso Júlia, não tem como voltar atrás, depois que apertar esse botão suas memórias serão outras.

-Tenho certeza, quero ter uma nova vida, peço desculpas por estar fazendo você passar por isso, mas acho que é o melhor a fazer.

-Okay Júlia, aqui está um cartão, vou guardar em um lugar da sua nova casa, caso volte sua memória, você o achará facilmente.

-Você acha que tem essa possibilidade? A possibilidade delas voltarem.

-São mínimas as chances, adeus Júlia.

Bip bip bip.

Narrativa - Autora

Roberta acorda assustada, mais uma vez o mesmo sonho, ela não conseguia entender quem era Júlia e o porque ela sempre sonhar com aquilo.

Ela olha para o lado, e seu marido está ali. Roberta nem se lembra quando se conheceram e se casaram, eles tem dois filhos mas ela nem lembra de ter ficado grávida algum dia.

Tudo que ela lembra é de ter acordado em um hospital e os médicos disserem que a mesma perdeu a memória, em um acidente de carro onde bateu a cabeça muito forte.

Mas parecia ser mentira, a vida que ela vivia. sentia que não pertencia a ela, sentia que não era ela, sentia que alguma coisa estava faltando, algo como adrenalina, algo perigoso.

Sentia que não era uma simples dona de casa e sim uma coisa a mais, mas não se lembrava. Recordava-se apenas de coisas relacionadas a sua família.

Ela pensava que estava ficando louca, só podia ser isso.

Mas a cada dia que passava ela sentia que aquilo não era para ela,
A cada dia ela sentia que sua vida ficava mais decepcionante, como algo sem graça.

Outra coisa que ela não entendia era do por que o celular sempre despertar as quatro da manhã, ela se levantou e desceu para o andar de baixo, enquanto estava nas escadas escutou um barulho vindo da cozinha, no começo achou que era apenas uns de seus filhos,comendo algo na madrugada, mas ao chegar na cozinha descobriu que não eram eles.

Havia um homem na cozinha sentado em umas das cadeiras, ela ia se preparar para fugir, quando sentiu alguém a agarrar por traz e colocar um pano em seu rosto.

De repente ficou tudo escuro e ela apagou. Teve o mesmo sonho, o porque dela sonhar sempre com aquilo a deixava intrigada.

Roberta acordou em uma sala escura, estava amarrada em uma cadeira, tentou se mexer mas as cordas estavam bem firmes. Derrepente escutou uma porta se abrindo, parou instantaneamente de se mexer, quando escutou uma voz rouca e ao mesmo tempo grave tomar conta daquele espaço onde ela se encontrava.

---Finalmente acordou Júlia, ou deveria chamá-la de Roberta?

Ela nada respondeu, em sua boca havia uma mordaça, que a impedia de falar qualquer coisa. Então aquela voz falou novamente.

---Pensei que tínhamos um trato Júlia, mais você fugiu, e bem você sabe o que aconteceu com pessoas que fogem de mim.

Continua...

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