Anonymous ❦ Kim Namjoon

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Narração🎈

Eu não respondi a mensagem depois que Kim enviou o endereço muito menos recebi algum sms seu pela manhã. Não havia nenhum sinal de vida dele, a não ser pelo sanduíche que ele deixara na sala de música. Mas ele não estava acompanhado de nenhum bilhete.

O dia passou mais lento do que eu imaginava e quando cheguei em casa, faltavam apenas uma hora para o horário marcado do tão esperado encontro. Eu joguei minha mochila em qualquer canto do quarto e fui correndo pro banheiro.

A água quente me fez relaxar, mas também deixou minha cabeça agitada com varias perguntas sem respostas. Eu estava tensa e nervosa para descobrir quem ele era, e fiquei mais ainda quando sai do banho, quase tive um ataque de pânico por que eu não fazia ideia de qual roupa usar.

Depois de longos minutos revirando o guarda-roupa eu decidi que iria com um macaquinho jeans com uma blusa comprida e um allstar branco.

Porém, eu não seria Min Hyuna se não usasse uma das minhas meias coloridas, então pus uma preta que batia um pouco a cima do joelho. Por fim, eu soltei meu cabelo do pompom e passei apenas um brilho nos lábios porque não era muito fã de maquiagem.

Sai de casa depois de ter passado um perfume não muito enjoativo, e depois de ter tirado seu excesso, tive dúvidas de que Kim não gostasse.

Seguindo o endereço dado por ele, eu me toquei de que o encontro seria em uma pracinha que ficava quase que em frente à praia. E para o meu azar, também era do outro lado da cidade pelo fato de eu morar quase no centro.

Eu peguei o metrô à fim de chegar mais rápido, porque como sempre, eu estava atrasada. O pior foi quando eu cheguei na estação e a vi lotada. Era sábado, óbvio.

Foi um tumulto pra entrar naquele bendito metrô, senti gente me empurrando e quase torci o pé tentando chegar a um assento livre, que acabou sendo preenchido por um garoto de fones quando eu já estava chegando.

Bufei e ajeitei pela milésima vez minha meia que toda hora abaixava. Eu estava ficando sufocada e quase tendo um ataque quando finalmente chegamos na próxima estação. O garoto de fones saltou e eu peguei seu lugar para ficar mais confortável até minha parada porque ainda faltavam mais 3 estações.

Aos poucos, o vagão foi se esvaziando e quando minha parada chegou, eu saltei. Tirei meu telefone dentro da bolsinha transversal e percebi que estava 15 minutos atrasada. Será que o Kim já estava me esperando lá há muito tempo?

Com esse pensamento, eu corri. Corri o mais rápido que pude. A pracinha era do outro lado da rua, faltavam só alguns metros.

Mas eu não vi o ônibus que passava por ali quando atravessei a faixa de pedestres. Depois disso, eu só senti o impacto do meu corpo contra o chão e algumas partes do meu corpo doloridas. Mas foi apenas isso, quando abri os olhos, eu estava sentada na calçada.

Quem fora atropelada não havia sido eu. Mas eu preferia que fosse.

Era o mesmo garoto que certa vez me protegera na faculdade. O mesmo que havia esbarrado comigo no corredor há uns dias atrás. O mesmo que era amigo de Park Jimin. O mesmo cuja eu vi a sombra no telhado. O mesmo qual eu conversava por mensagens e ligações todos os dias. Eu o reconheci na hora.

Era o Kim. E ele havia me salvado, mais uma vez.