(...)Acordei numa cama cirúrgica, num quarto estelirizado cheio de médicos mortos completamente ferrado, um braço quebrado e algumas costelas fraturadas. Não lembro de nada, Absolutamente nada. Meu Deus, que lugar é este? Como cheguei aqui? Quem são essas pessoas? Escuto sons de equipamentos e geradores, a ausência de janelas me indica que aqui é o sub-solo, o cheiro de álcool e outras substâncias de limpeza me lembra hospital, mas, que tipo de hospital ficaria no subsolo? Além do mais, não escuto nenhum outro ser humano nesse lugar, se sou a única pessoa nesse lugar, como cheguei aqui? E se todos foram mortos, porque eu estou vivo?.. Tentar pensar nessas respostas agora só irá diminuir minhas chances de sobreviver. De fato, a única coisa que posso fazer é tentar sair daqui.
Ao sair do quarto, ando por alguns metros em busca de ajuda, ou um kit de primeiros socorros para reparar o meu braço, quando estava quase chegando no final do corredor, escuto o que parecia ser um rosnado animal, e se aproximava rápido. Por sorte, e alguns segundos de vantagem, consegui me esconder numa porta que dava num quartinho para itens de limpeza, com uma pequena abertura na porta
Ao olhar pelo buraco da porta para tentar descobrir a origem do som, visualizei uma figura que me fez sentir o sentimento de desespero mais puro e mais estarrecedor que um ser humano poderia sentir(...)
Numa primeira olhada, parecia um corpo humano, mas de humano aquela não tinha nada. Era uma criança pálida, em seus olhos, não havia glóbulos oculares, apenas um vazio negro que, penetrava fundo em minha alma. Suas costas estavam cobertas por uma espécie de gosma viva que corroia sua pele aos poucos, deixando sua carne exposta. Porém, o que havia de mais aterrorizante naquela criatura abominável, era seu sorriso maligno... Não havia uma boca, mas sim um corte em forma de sorriso, de orelha a orelha, e dentro deste sorriso, fileiras de dentes esperavam comida enquanto soltavam um líquido preto. Se Deus existir, ele não participou dessa obra.
Enquanto eu tentava não ser descoberto pelo meu pior pesadelo que estava catatônico, a poucos metros de min, acabei fazendo a CAGADA de deixar um detergente cair, quando fui tentar não fazer mais barulho, faço mais uma tremenda CAGADA e derrubo tudo que estava nas prateleiras (Nem eu sei como). Vejo que chamei a atenção da criatura, ela caminha a passos largos e mancos em minha direção. Já era, estou morto, sempre fui desastrado, mas nunca achei que morreria por isso. Quando estava a meio metro de distância da porta, uma mulher vestindo jaleco aparece procurando socorro. O criatura pula em seu peito sem dar chance de defesa, abre seu tórax como se fosse de brinquedo. Devora sua vítima de dentro pra fora, sugando suas vísceras e entranhas. Enquanto a doutora via suas tripas indo goela abaixo, aproveito esta oportunidade para correr, correr muito. Quando vejo que não estou mais em perseguição, me sentopara refletir e pensar no que fazer a seguir...-Fodase aquela doutora, eu não poderia fazer nada, ela foi muito burra em não prestar atenção. Preciso pensar no que fazer agora, eu não posso pirar porra!
Se eu estava no subsolo e estava respirando, deveria ter um meio de sair daqui por dutos de ar. Ou pelomenos um telefone de emergência. Todos os mortos que estão de uniforme aqui parecem ser subordinados, desde enfermeiros a médicos, outros corpos multilados que achei, estavam fardados com uniforme militar, deve ser um hospital do exercito..
O que CARALHOS eu tô fazendo num hospital militar?
Não tem jeito, preciso descobrir o que tá acontecendo aqui, senão irei morrer de qualquer jeito.--Por sorte o corredor em que eu parei, havia um mapa do hospital bem a minha frente, não havia reparado antes devido ao pânico...-
De acordo com este mapa, eu estou no meio do corredor que vai dar no refeitório. Passando pelo refeitorio, três corredores a frente está a sala de comando, parti para procurar mais informações lá.
Ao chegar lá, para minha surpresa, o corpo de um oficial está com a chave eletrônica em seu pescoço, pensei comigo mesmo: Você não vai precisar mais dela meu caro. Ao entrar na sala de comando, havia alguns monitores quebrados e tortos, mas a sala estava funcionando no geral, pude vizualizar exatamente o lugar onde acharia minhas respostas. CENTRO DE PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO "HF-132"... Mas que porra eu tava ajudando a desenvolver? Isso mau, muito mau.
Ao anotar as informações num papel, com uma caneta emprestada de outro defundo amigo meu, me preparo para sair da sala, quando derrepente, um amontoado de corpos ligados por diferentes partes dos corpos, apareceu diante min, eu não pude segurar o estômago.
Consegui conter o grito, mesmo com aquela coisa podre, grotesta, olhando fixamente para min, para minha sorte, ela aparentava ser cega. Começou a vir em minha direção, achei que iria morrer, mas quando o cheiro estava ficando mais forte, e mais próximo, ela desviou seu caminho para a minha esquerda. Seu alvo era o meu amigo defundo. Uma dose de adrenalida e alivio percorrem todo o meu sistema endócrino, ao mesmo tempo em que tanto sair dali, tento não me mijar. Quando estou quase saindo, percebo que aquela coisa também pode me perseguir, e eu não teria chances. Vejo a oportunidade perfeita de trancar a porta, mas era perigoso, e o tempo estava passando, resolvo deixar aberta e sair logo, mas ao dar o último passo para fora da sala, eu piso na porra do telefone do cadáver, e as unicas palavras que passaram na minha cabeça como um raio foram: FUDEU, MUITO
Ao escutar o barulho, a criatura começou a se mover rapidamente, não pensei, apenas agi. Entrei na sala e com todas as minhas forças, tentei puxar a porta para trancala, quando estava quase conseguindo, a criatura começa a tentar sair, põe um dos seus vários braços para fora da brecha da porta para tentar me machucar, enquanto os corpos em seu ser gritam em agonia e desespero. Consegui fechar a porta, arrancando o braço da criatura, comemoro por alguns segundos até perceber que o maldido braço estava no meu ombro.. não aguentei, mijei de desespero, enquanto aquela coisa tentava me enforcar. Caí no chão enquanto lutava com aquele maldito braço, mas ao olhar pro lado quase sem folego, vejo a arma do segurança no corpo dele, não pensei duas vezes, agarrei a arma e atirei no braço, não acertei por alguns centimetros a minha propria cabeça, mas o braço estava estrassalhado...
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A criatura
Short StoryUma história de terror feita por um adolescente nada talentoso e perturbado.