Capitulo 1 - Idas e Vindas

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• Há muito tempo atrás eu juntei o meu amor pela escrita e Soy Luna e desenvolvi essa história. Hoje estou aqui reescrevendo ela aos poucos, trazendo um pouco mais de maturidade e um enredo que reascenda a paixão por esse universo em vocês novamente. Se você já esteve aqui, seja bem-vindo de volta. Se é a sua primeira vez, aproveite!

Espero que se apaixonem por esta historia, tanto quanto eu.

Boa leitura 💕

2013, Karol's house.

Ruggero estava desanimado naquela semana, a notícia de que voltaria para a Itália o estava assombrando a dias, e não só a ele, Karol, sua melhor amiga, dividia essa aflição com ele. Os dois aproveitavam todos os momentos que podiam juntos. Nesse momento, cansados do último trabalho que fariam juntos no Blake South College, voltam pra sala decididos a passar o máximo de tempo juntos.

- Karol? - o mais alto chama a menina que parecia avoada ao seu lado - trouxe uma coisa pra você - diz entregando a ela o presente.

- Uau, pra mim? - interroga a menina abrindo a caixa - Wow, é lindo, muito obrigada Rugge - a menina sorri enquanto tira a pulseira prata com um pingente em formato de quebra-cabeça da caixinha.

- Olha, é pra você se lembrar que por aí, em algum lugar, vai estar outra parte do seu quebra-cabeça. - Diz o menino mostrando o cordão em seu pescoço.

- Fico feliz em saber que vai pensar em mim, mesmo lá do outro lado do oceano.

Essa foi a última vez que ele fitou a imensidão verde que habitava nos olhos dela.

2018.

Com o passar dos anos, os amigos foram perdendo o contato, começou com a enorme complicação do fuso horário e depois, quando Ruggero trocou de celular, Karol não teve acesso a mais nenhuma informação do menino, e o assunto caiu no esquecimento.

As aulas haviam recém começado para Karol, a menina corria escada a baixo procurando pelo livro de biologia que, apesar da vontade enorme de jogá-lo pela janela, podia jurar tê-lo deixado na mesa da cozinha no dia anterior.

- Filha? É você? - grita

- Sim...? - resmunga a menina de volta, temendo levar uma bronca pelo atraso (de novo).

- Por favor, não chegue tarde em casa hoje, tenho um amigo voltando pra Argentina e gostaria muito que todos estivessem em casa para jantar - diz o mais velho enquanto colocava o paletó e apanhava as chaves do carro - Carona, senhorita? - zomba da menina com um sorriso de lado.

- POR FAVOR - quase grita exasperada enquanto enfiava o livro recém-achado na mochila.

Ao chegar na porta de sua sala, Karol bateu e entrou pedindo licença á professora e logo foi sentar-se no seu lugar habitual. Quando o sinal indicando a troca de aulas bateu, o Sr. Smith, pai de Âmbar uma de suas melhores amigas e também diretor do colégio, entrou na sala acompanhado de um menino algo, de cabelo totalmente bagunçado e olhos cor-de-café muito familiares á Karol. Ruggero estava de volta a Argentina, de volta ao Blake, de volta a sua vida.

Não foi nenhuma surpresa o menino ter atraído os olhares de várias meninas de sua sala, o italiano sempre fôra magnífico quando o assunto foi sua aparência, mas o que a fazia não tirar os olhos do moreno não era sua beleza recém descoberta por metade da turma do 2º ano do Blake South College, mas sim o choque, seguido de uma corrente elétrica que percorria o corpo da menina, como adrenalina, fazendo-a arrepiar, tinha saudades guardadas em seu coração que pensará terem sido superadas a no mínimo quatro anos atrás.

Ruggero foi instruído pela professora a se sentar em uma das cadeiras da frente, sugestão acatado pelo menino só por aquela aula, assim que aquela aula acabou, o menino juntou-se á Augus e Mike, velhos amigos, e não demorou a ser cercado por Candelária e o estranho grupo que ela chamava de amigas.

Ao mesmo tempo, Valentina vinha em sua direção carregando um sorriso de quem dizia "eu posso ler a sua alma, Sevilla", e a morena tinha sérias dúvidas se a menina realmente não conseguia.

- Viu quem voltou? - iniciou Valu se apoiando na mesa de Karol.

- Uhum - resmungou a mexicana sem querer entrar muito em detalhes no assunto, não sabia o que era aquele pequeno monstro em seu estômago gritando por atenção e não queria lidar com ele agora.

- Aquele menino envelheceu como vinho, meu Deus! - a menina suspirou enquanto se abanava com a mão.

- Você fala como se ele fosse muito velho, Valu, não é como se ele tivesse uns 15 anos a mais que a gente, ele deve ter o que? 17? - debochou Karol - E você não está com o Mike? - interrogou.

- Ah mas isso não me torna cega, tudo o que é bonito foi feito para ser apreciado, Mike também entra nessa. - piscou para Karol antes de ir se sentar de volta no seu lugar, a professora de Contemporaneidades havia entrado na sala.

Amor de Infância - Ruggarol (Reescrevendo) Onde histórias criam vida. Descubra agora