S e v e n || Little Lie.

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— Não. — Cruzo os braços. — São pessoais.

— É exatamente por isso. — Verônica sai de sua poltrona e vem até mim no sofá. — Queremos proteger suas contas, e acredite, quando as fãs de Harry descobrirem que ele está com você, elas tentaram entrar nas suas contas. Isso já aconteceu antes. — Ela olha para Simon que não tem uma reação, ele está apenas ouvindo tudo que Verônica fala.

— Eu não uso muito minhas redes sociais, então não terá problema. — Tento tirar aquela ideia da cabeça dela.

— Vou te entregar um celular novo, como prometi no primeiro dia que nos falamos. — Verônica levantou indo até um armário no canto da sala, e de-lá pegou uma caixinha branca.

— Esse é novo. — Mostrei a ela meu celular. Não terminei de pagar, então ele é novo.

— Você usará esse para publicações, e para falar comigo. — Ela me entrega a caixinha.

— É um Iphone? — Confesso ter ficado feliz. Ele é lindo.

— Sim. Ele é exatamente como o do Harry. — Verônica foi até sua mesa e me trouxe uma folha e uma caneta. — Deixe seus dados aqui, precisamos movimentar sua conta.

— Conta? — A olho confusa.

— Sim. Você terá um cartão de crédito, assim depositaremos todos os meses o valor estipulado sem que ninguém desconfie de nada. — Preencho tudo enquanto ela fala.

— Verônica com certeza já deve ter falado. — Simon se pronuncia. — Mas você terá que fazer algumas viagem para acompanhar Harry. — Seu semblante é sério.

— Tanto você quanto Harry terão que fazer essas viagens para se encontrarem, pois terão que mostrar que estão apaixonados. — Verônica tem um sorriso estranho no rosto. — E as viagens serão uma das "provas" de estarem apaixonados. — Conclui.

— Não se preocupe, isso tudo será pago por nós. — Simon ainda está sério. — O dinheiro que estará na sua conta é problema seu, e vai gastar como quiser. É o seu pagamento.

— Tenho um trabalho, e não poderei faltar tanto assim. — Intercalo o olhar de Verônica à Simon.

— Seu trabalho agora é ser a namorada de Harry Styles por 24 horas, Cecília. — Ela fala como se meu trabalho na cafeteria não fosse nada.

— Eu não quero sair da cafeteria. — Eu gosto de trabalhar lá.

— Você tem essa semana para pedir as contas. — Como ela consegue ser assim fria.

— Agora já pode sair. — Simon ordena.

— Fique atenta à esse celular. Vou te mandar as ordenadas logo. — Como eu pude me meter nisso.

Assim que saio da sala vejo Harry de pé com a testa encostada na parede do corredor. Ele leva um susto assim que bato com força a porta do quarto de Verônica. Passo pelo elevador mas não paro, resolvo descer vários lances de escada para ver se esfrio a cabeça. Ouço passos atrás de mim, e tenho certeza que é Harry, pois seu perfume está por toda parte.

[...]

— CECÍIII! — Emilly grita assim que me vê entrar pela porta. Aporta estava apenas encostada.

Fico completamente imóvel, assim que vejo Louis e mais três garotos sentados ao lado de Emilly na cama.

— Eu disse que eles estavam apaixonado, não disse? — Emilly falava como se aquilo fosse realmente verdade.

Eles me lançam varias perguntas ao mesmo tempo, me deixando um pouco perdida.

— Parem! — Emilly exclama, deixando todos de olhos arregalados, até mesmo eu. — Estão deixando ela nervosa, não vêem?

— Desculpa. — Eles pedem todos de uma só vez.

— Tudo bem, sem problemas. — Lhes dou um sorriso tímido. Eu não sei o que fazer.

— Eu posso explicar... — Harry se aproxima ficando do meu lado. Ele está tão próximo que seu perfume parece estar dentro das minhas narinas.

— Eu lembro dessa aqui. — O garoto loiro de sotaque diferente fala, enquanto faz um carinho nos cabelos de Emilly. Ela me olha como se não acreditasse, com os olhos arregalados.

— Também me lembro dela. — Um garoto de topete fala. Ele tem uma mecha loira em seu topete.— Ela esteve em nosso show.

— Eu não acredito que Niall Horan e Zayn Malik, lembram de mim. — Ela realmente está eufórica. Todos dão risada de Emilly, até mesmo eu.

— Nos explique Harold... — Louis cruza os braços a espera de uma resposta de Harry.

— Não sinta ciúmes Louis. — Emilly abraça ele de lado, o fazendo dar risada.

[...]

Harry inventou uma história, falando que nós conhecemos na quinta, no dia do show, o que não era totalmente mentira. Mas teve que mentir que nos esbarramos nos corredores e que ele pediu meu número e essas coisas, que sabemos que é mentira. Harry não falou sobre o contrato, pois foi exatamente o que Verônica nos pediu.

Aparentemente, os meninos pareceram acreditar na história inventada de Harry. Mas eu não sei por quanto tempo. Assim que Harry terminou de contar a história toda, nós nos despedimos deles, pois teriam que descer para seu treino na academia do hotel.

Fomos acompanhadas por Paul até o restaurante do hotel, para que Emilly tomasse café. E eu não preciso dizer o quanto esse lugar era maravilhoso. Paul disse que nos levaria embora assim que Emilly terminasse seu café. Eu por estar nervosa, acabei não comendo nada, pois meu estômago ainda está revirando por tudo que está acontecendo comigo.

No caminho para casa, Verônica me mandou mensagem avisando que os meninos estavam indo embora, e que me manteria informada, assim que tivesse novas ordens.

[...]

Ao entrar em casa, dou de cara com minha mãe e sei que ela espera por explicações.

— Precisamos conversar. — Me sento ao seu lado no sofá, enquanto ela me olha atenta.

— Sim.

Expliquei a ela tudo, tudo mesmo. Contei o que aconteceu na noite do show e na proposta que me fizeram. Ela é minha mãe, e eu não posso esconder nada dela. Ela não gostou nada daquilo, e me perguntou se eu realmente estava ciente do que eu tinha feito, e que aquilo não era um trabalho, e sim uma especie de venda. Eu estava me vendendo para Verônica. Contei também sobre ter dormindo no hotel ontem e como eu já imaginava, ela me deu um sermão daqueles.

Eu expliquei que só aceitei aquilo por conta de Emilly, e que agora nós poderíamos pagar pela cirurgia e por todos os tratamentos que ela iria precisar. E então minha mãe se calou, ela parecia pensar em algo para falar, mas não conseguia.

— Eu sei o quanto ama a sua irmã, e sei que nunca deixará que nada de mal lhe aconteça. — Sinto o abraço quente e aconchegante da minha mãe.

— Eu a amo tanto. — Meus olhos já estavam ardendo, e eu sabia que iria chorar. E sei que seria um choro de alegria por saber que Emilly ficaria bem agora, e que esse contrato seria sua salvação.

Pedi que ela guardasse segredo, e não contasse nada a Tyler e muito menos para meu pai, por que sei que nenhum dos dois aceitaria aquilo. Aproveitei e contei sobre as viagens que eu teria que fazer para que todos pensassem que Harry e eu realmente estivássemos em um relacionamento. Ela apenas pediu que tomasse cuidado, e que não fizesse nada do que pudesse me arrepender depois.

Ela disse que mais tarde iriamos até a cafeteria para conversar com o dono e explicar que eu tinha conseguido um trabalho que seria melhor para mim, assim ninguém ficaria sabendo do meu acordo com a Modest.

— Só preciso achar uma maneira de falar para o papai sobre ter o dinheiro da cirurgia. — Olhei para minha mãe que parecia pensativa.

— Podemos falar exatamente o que o garoto contou aos amigos, e falar que ele arranjou um trabalho para você de assistente de alguma coisa. — Ela foi rápida. — E não precisamos contar que você pagou tudo de uma vez, podemos falar que vai pagar aos poucos.

— Perfeito.





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Two Ghosts • harrystyles [Book I ]Onde histórias criam vida. Descubra agora