Eu estava perdido no mais fundo buraco. Toda minha esperança já havia cessado, o medos tomaram conta. Até que eu vi a escada, era seu sorriso me salvando do abismo.
I'M BACK BABY
Sentiram minha falta? Obrigada pela consideração. Pois é, eu voltei. Pra quem não lembra de mim eu era o Merotos. Mudei de nome porque eu quis ;).
Pois bem, essa é uma história bem simples de capítulo único que tem o maior intuito de encher linguiça enquanto eu crio algo mais elaborado (mais detalhes no meu Twitter @Faceaap_D).
Nunca escrevi Romance antes, então não sei o que vai sair. Aproveitem.Oi, meu nome é Douglas. Eu gostaria de contar um pequeno relato, de como eu deixei de ser uma carcaça perdida para me tornar o homem mais feliz da terra.
Você deve estar se perguntando "como assim uma carcaça perdida?" Para responder essa pergunta eu preciso voltar um pouco no tempo, mais especificamente para a época em que eu estava no ensino fundamental.Eu sempre fui um garoto que teve facilidade nos estudos, também sempre fui bem tímido. Basicamente, eu era o nerd excluído. Eu até tinha alguns "amigos", mas nunca significaram nada pra mim.
Com o passar do tempo eu fui me soltando. Por volta do 8° e 9° ano eu passei a interagir mais, foi aí que meus problemas começaram.
Primeiro eu percebi que o que reinava era a falsidade. Aqueles que se diziam amigos falavam mal um do outro na cara dura, quando alguém prometia ser confidente de um segredo espalhava no mesmo dia. Por conta disso eu passei a sentir nojo daqueles que me cercavam.
Entretanto o que mais me afetou foi o bullying. Na realidade eu sempre sofri bullying, mas como eu havia dito, eu sempre ficava no meu canto e não me importava. A partir do momento que ouvia aquelas coisas face a face foi muito mais doído. Minha cabeça era grande, minha cara era cheia de vulcões em erupção, também conhecido como espinhas. Sempre que eu tirava uma nota boa, que era sempre, eu sofria com acusações de que eu pagava para os professores me dar uma boa nota.
Mas a pior parte era o racismo. Eu sou negro, minha pele não era a mais escura da sala, mas como eu era o mais vulnerável sempre saia como a vítima das ofensas. Macaco, escuridão, dementador, esses são algumas das lindas palavras que saiam das bocas de meus colegas com o intuito de me ridicularizar.
Esse sofrimento diário fez com que eu entrasse numa profunda depressão. Mesmo no calor eu usava blusa para esconder as marcas da lâmina que eu arbitrariamente usava para rasgar a pele do meu braço. Por duas vezes eu tentei o suicídio.
A primeira tentativa foi um pouco antes das férias de meio de ano no 9°. Eu estava indo pra escola e vi que um cara vinha em alta velocidade pela rua. Eu simplesmente me joguei na frente dele, felizmente o resultado foi apenas um braço quebrado.
A segunda vez foi depois do término das aulas. Peguei vários remédios e botei pra dentro, fui parar no hospital mas sobrevivi.
Até que enfim chegou o ensino médio, eu estava determinado a voltar a ser aquele cara que ficava apenas no meu canto. No primeiro dia de aula fiz questão de escolher o lugar mais isolado possível na sala e fiquei observando.
Logo em seguida que eu entrei vi ela, a menina mais linda que eu já havia visto na vida. Só que eu não estava olhando pro seu corpo escultural, nem pra seu lindo cabelo azul celeste na altura do pescoço, também não vi seus olhos castanhos claros que reluziam. A única coisa que eu vi naquele momento foi seu sorriso. Sorriso que me esquentou como uma lareira no inverno. Sorriso que me fez sentir aconchegado como a cama mais confortável. Sorriso que me abraçou e me fez sentir um bebê.
Eu percebi que aquele lindo sorriso se aproximava de mim, ela chegou ao meu lado e pude conhecer sua voz:
- Posso sentar na sua frente? Ninguém que eu conheço caiu nessa sala e eu não queria ficar isolada.
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Escada
RomanceDouglas que passou por momentos difíceis na vida, mas o amor o resgatou como uma escada. Mas agora ele precisa salvar o motivo de sua felicidade, Diane. Achou algum erro? Tem alguma crítica ou sugestão? Comenta aí.