Mais uma vez, Jungwoo ia encontrar Yukhei com o rosto machucado e corpo dolorido. Que azar, ter pais tão rígidos. Eles não tinham escolha, em deixar Jungwoo casar com uma pessoa de mesmo sexo, afinal, mesmo sendo bilionários, eram gananciosos.
Jungwoo suspirou, sentando-se no banco do pátio em frente a casa de Yukhei, esperando-o. Era muita dor para ele, já havia os cortes, agora teria os socos do pai? Ele não tinha tanto interesse em casa com Yukhei - era mentira, ele tinha -, mas ao menos, tinha um novo amigo.
Ouviu um fungar se aproximando e olhou em direção. Yukhei vinha com uma calça moletom e uma camisa branca larga, roupas confortáveis que Jungwoo precisava nesse momento. Ele se controlava, mas os olhos e machucados pelos rosto, como cortes nos lábios, maçã da bochecha e testa, entregavam. Ele queria apenas sumir, ou passar o resto da sua vida com quem prometia, Yukhei.
— Jung... Jungwoo? — Yukhei tentou afirmar a presença do mais velho, que estava machucado. Ele não sabia se era mesmo Jungwoo por estar machucado. O pai do mais velho exagerou, este dia. — Jungwoo, olhe o que está acontecendo com você...
Yukhei se agachou em frente ao hyung, revisando seu rosto. Passou os dedos pela ferida da maçã da bochecha com delicadeza, mas não deixou de ser repreendido. Jungwoo já estava chorando, ele queria apenas ser protegido e entendido. Yukhei não pensou duas vezes e abraçou-o, reconfortando. Passou sua canhota pelos cabelos lisos do mais baixo, acariciando e acalmando o mais velho, que chorava como criança.
— Yukhei, me ajude... Por favor... — Jungwoo implorou entre soluços.
— Durma na minha casa, hoje. — Yukhei sugeriu, enquanto encarava o pai de Jungwoo pela janela com as orbes atacantes.
Jungwoo assentiu, separando-se lentamente do abraço e enxugando o rosto lacrimoso. Suspirou e sorriu minimamente para o mais novo, agradecendo silenciosamente. Virou-se e quase andou, pois foi segurado pela mão firme de Yukhei. Olhou-o sem entender e arqueou a sobrancelha esquerda, voltando à sua frente. Yukhei segurou os braços do hyung, mexendo suas mãos com intuição de conforta-lo. Sorriu fechado e disse:
— Pode ir indo, irei pegar suas coisas, okay? — Jungwoo hesitou mas confirmou, mesmo não querendo dar trabalho para o maior. — Minha madrasta irá colocar alguns curativos no seu rosto, fique à vontade.
Jungwoo assentiu, indo na direção oposta de Yukhei. Mas parou, outra vez, por conta própria. Virou-se e chamou-o.
— Yukhei? — O maior se virou, olhando-o como resposta. — Muito obrigado. — Ambos sorriram e seguiram o caminho determinado, novamente.
[...]
Jungwoo estava concentrado na cor do mármore do balcão, enquanto sentia o algodão triscar seus machucados com delicadeza. Não doía mais, a madrasta de Yukhei tinha mãos mágicas e delicadas como folhas. Ouviu a porta bater e virou seu rosto na direção do barulho, encontrando um Yukhei também machucado, mas com coisas alheias em mãos. Jungwoo arregalou os olhos, correndo até o mais alto. Encarou-o assustado e ouviu sirenes de polícia.
— Womg Yukhei! O que aconteceu? — Perguntou assustado, alternando os olhares entre a vista do condomínio e do rosto sangrento de Yukhei.
— Sua mãe finalmente resolveu ligar para a polícia... — Essas foram as últimas palavras de Yukhei, até cair nos braços de Jungwoo. Seu futuro noivo.

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Pai, não! - Luwoo.
Romanceonde yukhei terá de se casar com jungwoo e seu pai odeia gays. homofobia || +18 || yaoi