PARA TODOS OS CHOCOLATES QUE LHE DEI - CAMREN

Cuidado, ilusão machuca

 1983, maio, 02

Lauren Jauregui (On)

Era dia de flores nascerem felizmente no quintão do vizinho, era como florecer suas vidas, oque no meu quintão faltava, era dias infelizes, porém alertei-me com agonia, tudo rodava, girava em minha dimensão, eu sentia cheiro, um cheiro que me tornava mais alegre e mais satisfeita, mas esse cheiro foi sumindo, e minha veias foram saltando, agora, eu estava sentada em minha cama negra, o cheiro cada vez me dava nauseas, não era mais o mesmo cheiro doce de quando me encantei, eu tinha que tira-lo dali, olhei para baixo onde meus pés estavam, e decidi me levantar, alevantei-me e vi um corpo, morto e cortado, eu me mantive, eu sabia que isso era de fato que foi eu que fiz aquilo, mas eu não tinha pensamentos racionais para os meus desejos, eu apenas vi aquele corpo, e quando fui tocar o corpo abaixo, senti, como se alguém tivesse tacado uma madeira em minha cabeça, eu apenas adormeci...

Acordei-me dos devaneios, e quando me vi, e vi as malas ao lado, e o reflexo do vidro, indicando onde eu estava, em um carro, eu apenas sentia minha cabeça latejando e latejando, a dor era muito forte, eu estava ficando louca.

- Até que enfim acordou, agora seja ciente que acabou pra você- era a voz de meu pai, uma voz dura, e com raiva, ele quem estava dirigindo, e mamãe estava ao lado chorando, eu ouvia seus gemidos abafados por um pano em sua boca evitando ouvir barulhos...

-Mamãe, oque está acontecendo ?- perguntei com voz de choro, minha mente dizia tantas coisas naquele momento, eu não estava aguentando tanto silencio, e aquela chuva que me deixava triste. Mamãe me olhou, com seus olhos vermelhos e sua voz baixa, que apenas acrescentou.

- Lauren, minha doce filha, mamãe está grávida, e você como nós sabemos será um perigo, principalmente por você ser assim, tão anormal, hoje mais cedo foi o fim...- ela terminou de falar, eu estava sabendo agora que teria irmãos, e eu seria como um bicho perto deles, todos se afastam de mim, principalmente as próprias pessoas que me deram a luz, eu estava perdendo meus amigos, os meus olhos que eram as esferas verdes, agora estão acinzentadas, eu estava perdida, para onde eu estaria indo.

- Mama...- quando fui completar minha frase, papa cortou-me

- Não fale nada garota!, daqui a pouco saberá, e a ultima coisa que quero é sobre sua opinião de gostar ou não- tão rude, mas apenas acenti, era pior dizer ao contrário. 

Fiquei observando a reflexão do vidro do lado pra fora do carro, até chegar ao local, eu estava confusa, eu diria que ainda não estava  muito bem, porém um certo desejo estava me agoniando novamente, mas não era agora, agora não Lauren !...

O carro já havia parado, meus pais haviam saído do carro, e os acompanhei, ao estar ali, vi uma mulher com um semblante forte, pela aparência eu diria ter uns 60 anos, e por ultimo que eu tinha notado, era que essa mulher seria horrível. Enquanto meus pais conversavam com a mulher mais velha entre nós, alertei-me com risos de lá de dentro, ouvia risos de garotas, porque em um fim de mundo, havia alegria em tal lugar tão sombrio, perguntei-me confusa. E quando parei de filosofar, a mesma mulher me chamou.

- Prazer, Sou Lana, Lana Elia, e sou uma das fundadoras da Escola Interna Villar- Ao ouvir aquilo, desesperei-me, tudo veio a tona, eu estava cheirando a sangue, a cor do vermelho me seguia, e sobre aos meus pecados, era aqui que irei cura-los ?, porque não me contive dos maus pensamentos.

- Não adianta se arrepender do que fez Srta.Jauregui- aquela riu com deboche, eu a queria matar, esfaquear, como eu queria experimentar.... pensamentos, por favor se enterrem.

Minha pele branca se desfocava naquele lugar escuro, meus cabelos negros voavam ao vento seco, eu estava sendo guiada a mulher mais velha segurando minha mala, contendo meus desejos, finalmente adentrei ao lugar, e vi muitas garotas, e um simples ato, meu sorriso fraco desfez, e o de alegria voltou-me com borboletas ao estômago, aquilo parecia tão insensato, mas eu estava seguindo minha sincronia chamando pelo meu nome.  Eu estava parada onde a mulher mandou, enquanto ela ficou revisando seus fatos, eu observava, cada segundo eu olhava e olhava, até ver uma alma bela, fiz o modo do disfarçadamente ligado, e olhei para um banquinho, cujo estava segurando uma garota lendo seu livro com pele morena, e seus cabelos castanhos exaltava um cheiro que me limitava ao poder, seria minha nova vitima, perguntava-me até aquela mesma mulher me tirar dos devaneios novamente. 

- Consegui, bem, você tem sorte, consegui um quarto pra você, ah e para informar mocinha você terá uma nova colega de quarto, isso é bom, assim isso te manterá a ficar mais em seu lugar- ao terminar de esfregar aquelas palavras em mim, um ódio passou tão grande, mas outra vez me contive.

Ao chegar ao quarto, eu adentrei, e vi os cômodos antigos, era tão pequeno aquele espaço, isso me fez pensar, e senti falta de meu antigo quarto,mas eu estava inconformada por estar aqui, logo meus planos estarão acesos novamente, e um ar de fogos acendeu-me em minha mente, eu estava prestes a fazer coisas que nem ninguém nunca sonhará que foi eu... [..]

Camila Cabello (On)

Aos meus 16 anos, fico-me perguntando sobre tais acontecimentos, e minha carência sempre me consome, desde que meus pais foram viajar para um lugar chamado "guerra" eu sempre pensava se eles estavam bem, e toda noite eu queria sonhar com eles contando as historias de bebe para que eu pude-se dormir tranquila toda vez ao enoitecer, porém, muitos disso não acontecem como minhas expectativas falam, eu comecei a amar livros desde que minha mãe escrevia, ela sempre dizia que garotas más não escrevam em seus diários, mas as garotas sempre boas, escrevem como leem, aqui onde estou é uma prisão sem fim, minhas dores sempre crescem, e as meninas fazem que nem existo, até hoje não tenho colega de quarto e por isso sou largada ao cantos [..], eu também tenho segredos, e um deles e sobre amar uma pessoa com traços delicados, como uma doce garota com esferas que me levam as loucuras, ninguém sabe, e eu apenas descobri sobre isso por estar atraída a elas e sempre sentir nojos aos meninos mais cobiçados pelas meninas, eu até hoje tenho um livro guardado, o meu preferido, sempre deixo escondido.

- Meninas, já está tarde, vão logo para seus dormitórios agora!- Lana Elia, a mulher mais dura e terrível alertou as meninas, e assim, fui indo ao caminho, eu estava com uma sensação tão boa, fiquei preocupada por isso, era tão raro eu ter essa sensação, e pela minha mente, minha rotina sempre será a mesma, chegando, abri a porta, e notei, que, tinha malas ao chão, e o roupeiro estava aberto, e sobre a cama, estava uma garota de pele branca e cabelos negros, onde estava de bruços, até ela notar sobre minha presença, ela fitou-me, eu fiquei estática, aos deuses, que olhar fatal era aquele, aquelas esferas verdes me deixaram sonza, aquilo estava me tirando da minha negligencia, eu por fim, não sabia por onde começar, até que...

- Então é você, a garota que adora ler livros, sou sua nova colega de quarto!- Ao terminar de falar aquelas palavras, sua voz era uma sincronia que combinava perfeitamente aos meus ouvidos, eu nunca tinha visto uma beleza assim, tão sedutora, o porque de ter um poder assim.

- Ann... E.. e..u, eu sou Camila Cabello e fico feliz por ter você ao meu lado.., ai, quer dizer no mesmo quarto, é... -  enfim ao terminar, ela me lançou um olhar tão radiante, e por fim riu, eu não estava me entendendo, e muito menos ela, porque ela estava rindo pra mim com aquela desgraça de sorriso tão perfeito.

- E como sabes que adoro ler livros ?- A perguntei, querendo tirar minhas dúvidas, até que a mesma se alevantou, a mesma vestia o uniforme tradicional como o meu.

- Eu te vi logo mais cedo Camila, naquele banquinho, onde o vento batia na ponta do seu cabelo- Ao entender sua comparação tentei ficar séria, mas a tentativa foi negada, apenas ri com ela, aquilo era tão bom, apenas aquilo me fazia tão bom, eu amei ter ela aqui, mas eu sentia que a mesma teria muitas coisas a esconder.