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P.o.v jimin

Mais um dia. Mais um dia, em que terei de me segurar ao máximo possível para não cometer uma loucura, na verdade tentar se matar pode parecer loucura para os outros. Mas, pra mim não.

Então, cá estou eu trancado em meu quarto deitado no chão olhando para o teto, pensando em como a minha vida é uma bosta e como eu tenho uma vontade imensa de não existir.

Sempre me pergunto: Pra que eu vim ao mundo? Eu sou apenas uma pessoa que veio ao mundo por acaso. Não faz sentido viver.

É muito sufocante, ter esse tipo de pensamento todos os dias, eu queria sim poder pensar em outra coisa, porém, eu não consigo. Eu tenho medo da vida, do que pode acontecer comigo se eu continuar vivo, medo das pessoas se aproximarem de mim e me abandonarem. A única coisa que eu não tenho medo, é de encontrar ele.

Muitos acham, que eu fico pagando de depressivo pra chamar a atenção. Mas não, eu não faço isso pra chamar a atenção, até porque, o que eu menos quero é chamar a atenção por isso que eu me isolo de tudo e todos.

Para mim, socializar com as pessoas, não vai fazer diferença nenhuma na vida, eu não preciso dessas pessoas. Na verdade, eu não preciso passar por tudo o que passo.

Mentalmente, eu já devo ter me suicidado umas mil vezes. Sem contar as vezes em que eu tentei me suicidar de verdade mesmo.

Mas, nem quando eu tô pensando no quanto a minha existência é um lixo, o universo conspira ao meu favor. Logo, tendo meus pensamentos interrompidos por uma notificação que chegou em meu celular.

Me levanto do chão, que até então eu estava deitado indo até minha escrivaninha pegando meu celular que estava em cima da mesma, logo desbloqueando meu celular e vendo a tal notificação.

Mensagem de desconhecido: espero que esteja preparado, por que logo logo eu vou voltar e vou literalmente foder com sua vida.

Mensagem de desconhecido:
Ah... cuidado, por que o primeiro mole que você der eu vou lhe pegar.

Após ler as mensagens, meu rosto fica inexpressivo. Eu não demonstro simplesmente nada. Por que eu não estou surpreso?

Já recebi mensagens desse tipo tantas vezes, que nem me preocupo mais. De todas as outras vezes que recebi mensagens desse tipo, foram de pessoas que queriam me matar logo de uma vez, poupando- me de ter trabalho para fazer tal coisa. Confesso que gostava bastante das idéias dessas pessoas aleatórias que me mandavam mensagens.

Escuto batidas na porta de meu quarto, e logo vou em direção a porta abrindo a mesma. Ao abrir vejo minha mãe.

- Oi, meu filho!

- Oi, mãe...- após comprimenta-lá dou passagem para a mesma entrar em meu quarto.

- Filho, por que você não sai um pouco desse quarto? Tá um dia lindo lá fora.

- Mãe, olha a minha cara de quem tá afim de ir "ver" a rua.- fiz aspas com os dedos.

- Mas me-

- Mãe, sério, eu realmente não quero ir pra rua.- digo me jogando na cama.

- Desculpe meu filho, mas eu preciso que você vá no mercado pra mim.

- Fazer o que mãe?

- Comprar umas coisas pra mim fazer o almoço. E não, eu não fiz a compra do mês, só vou fazer amanhã.

- Tá bom mãe. Vou me trocar e já vou.- digo me levantando da cama.
...

Depois de ter me arrumado, peguei a 'listinha' que minha mãe havia feito e segui caminho para ir ao mercado.

Passei o caminho inteiro andando de cabeça baixa, para não ter que olhar para os seres à minha volta.

Mas de repente, sinto algo tocar meu ombro, que dizer, alguém tocar meu ombro. Levanto meu rosto na direção da pessoa que me tocou e vejo um garoto.

- Hey, 'tu deve ser o jimin né?

- Depende.

- Você é filho daquele cara que morreu torturado?- perguntou o garoto à minha frente.

E mais uma vez, eu sou parado na rua para perguntarem sobre meu passado.

Mas que porra!. Não posso mais andar na rua, que já sou abordado por algum filho da puta me perguntando sobre meu passado, algo que não lhe diz respeito. Por isso não gosto de sair de casa.

- Sim, por que? Vai jogar na minha cara a merda de passado que eu tenho?

- Olha, ela se irritou ela.- diz o garoto rindo.

- Ja acabou? Disse tudo o que queria?

- Tá com pressa meu anjo?- diz ele me encurralando em uma parede, e já que a rua hoje tinha pouco movimento ninguém notou.

- Cara, me deixar ir eu tenho mais o que fazer.

- Tipo se enfiar dentro do teu quarto e ficar se cortando igual um depressivo? Ou já sei, se jogar de alguma ponte? Tenho certeza que você já tentou.- ele diz se aproximando mais de mim.

- Sim. Eu tenho que fazer tudo. Agora me solta caralho.- eu já tô sem paciência real.

- Calma boneca, pra que a pressa? Prometo que depois que eu te comer, ainda te ajudo ajudo a se jogar daquela ponte. Como você deve ser virgem, ainda vai ter o privilégio de ter dado o cu antes de morrer.- ele disse e logo após foi beijando meu pescoço.

- Me solta.- tentei sair.

- Você só vai sair quando eu terminar. Prometo que não vai doer nada.- continuou me beijando.

Nesse momento eu estou sentindo muito nojo de mim mesmo.

Tento sair mais uma vez de seus toques, mais não dá já que ele visivelmente tem mais força que eu.

Pronto era só o que faltava. É claro que eu quero morrer, e agora que isso está acontecendo mais ainda, só que eu não queria morrer logo após ser estuprado. Não era o que eu esperava mesmo.

E agora, me vejo completamente sem saída, então apenas fecho meu olhos e espero o pior acontecer.

- Vejamos o que você tem aqui.- diz ele tentando por a mão por dentro da minha calça.

De puro reflexo, tento tirar sua mão dali e começar a gritar, mas ele tampa minha boca com sua mão, e quando ele tenta fazer algo sinto ele sendo puxado de minha frente.

Ergo meus olhos ainda surpreso, e vejo quem impediu com que eu fosse estuprado. Logo a minha frente, vejo um moreno alto, com uns olhos bem negros, pele claro e a boca com seus lábios finos levemente rosados.

- O que cê pensa que tá fazendo?- pergunta o garoto que ia me estuprar.

- A pergunta é: O que você tá fazendo?- perguntou o moreno.

- Não se mete aqui, o negócio é entre eu e ele seu empata foda do caralho.- ele empurra o moreno que nem sentiu o impacto devido a sua estrutura.

- Ele não quer nada contigo.

- Quem disse?

- Podemos ver claramente pelo rosto dele, que ele não quer nada com você então some.- diz o moreno se aproximando de mim.

- Eu ainda vou te foder jimin-ssi.- diz o garoto indo embora fuzilando o moreno com os olhos.

- Cê tá bem?- perguntou o moreno.
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Continua...

Desculpe os erros e a mídia aleatória ^-^



Sëm MötïvösOnde histórias criam vida. Descubra agora